O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou, nesta quarta-feira, 3, que a instituição poderá apertar mais a política monetária, caso necessário. Segundo ele, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) não tomou uma decisão sobre eventual pausa na campanha de alta de juros nesta quarta.
Durante coletiva de imprensa, Powell reiterou que os próximos passos do banco central norte-americano dependerão da evolução dos indicadores macroeconômicos.
O dirigente chamou atenção para a alteração no comunicado divulgado mais cedo, que retira o trecho que antecipa mais aperto. "Não mais antecipamos altas de juros, mas seremos guiados por dados a vir, a cada reunião", disse.
Cenário da inflação
O presidente do Federal Reserve reconheceu que a inflação arrefeceu nos Estados Unidos desde meados de 2022, mas reforçou que as pressões inflacionárias continuam altas.
"Estamos muito atentos a riscos que inflação elevada significam para nossas metas", afirmou Powell, durante coletiva de imprensa, após decisão do Fed de subir juros em 25 pontos-base.
Ele acrescentou que há sinais de maior equilíbrio entre oferta e demanda. Também comentou que o mercado de trabalho permanece "apertado", com a demanda por trabalhadores superando com folga a oferta de trabalhadores. Powell disse ainda enxergar expectativas de inflação "ancoradas".
Tempo para inflação voltar à meta
O presidente do Federal Reserve reiterou a previsão de que "levará algum tempo" para reduzir a inflação nos Estados Unidos de volta à meta de 2%.
Em coletiva de imprensa, o dirigente explicou que os dirigentes da autoridade monetária ainda avaliam se os juros estão em "níveis restritivos" após a decisão tomada nesta quarta.
Segundo ele, a política terá que ficar restritiva por algum tempo para assegurar a retomada da estabilidade de preços.
Powell também reforçou compromisso com a meta de 2% estabelecida pelo Fed e garantiu que esse objetivo seguirá em vigor.
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