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Fed fala em inflação ainda elevada e comprometimento em retorno à meta de 2% nos EUA

O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) avaliou em sua última decisão que a inflação segue elevada nos Estados Unidos e que os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses, além de que a taxa de desemprego permaneceu baixa. Em comu

Francine De Lorenzo, Gabriel Bueno da Costa, Laís Adriana, e Maria Lígia Barros e Matheus Andrade (especial para a AE) (via Agência Estado)

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Escrito por Francine De Lorenzo, Gabriel Bueno da Costa, Laís Adriana, e Maria Lígia Barros e Matheus Andrade (especial para a AE) (via Agência Estado)
Publicado em 14.06.2023, 15:59:00 Editado em 14.06.2023, 16:01:56
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O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) avaliou em sua última decisão que a inflação segue elevada nos Estados Unidos e que os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses, além de que a taxa de desemprego permaneceu baixa. Em comunicado, a autoridade afirmou que ao manter as taxas de juros nesta reunião, permitirá aos dirigentes avaliar informações adicionais e suas implicações para política monetária.

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O Fed reforçou que está fortemente empenhado para retornar a inflação à meta de 2%, segundo a publicação.

Ao determinar a extensão do endurecimento adicional da política, a autoridade levará em conta o aperto cumulativo, os atrasos com os quais a política monetária afeta a atividade econômica, a inflação, os fatores econômicos e os desenvolvimentos financeiros.

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O Fed ainda afirmou estar preparado para ajustar sua política de acordo com os riscos. Além disso, o Comitê do Fed decidiu que continuará reduzindo suas participações em Treasuries e títulos lastreados em hipotecas (MBS, na sigla em inglês).

Os dirigentes avaliaram que o sistema bancário dos EUA é sólido e resiliente. Já as condições de crédito mais apertadas para famílias e empresas devem pesar na atividade econômica, nas contratações e na inflação, segundo o comunicado. "A extensão desses efeitos permanece incerta", avaliou o Fed.

Medianas de projeção

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A mediana das projeções do Conselho Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) do Federal Reserve para a inflação nos Estados Unidos medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) caiu no cenário estimado para 2023 e permaneceu inalterada para 2024, 2025 e no longo prazo.

As estimativas foram divulgadas nesta quarta, juntamente com a decisão de política monetária da instituição.

Para 2023, a mediana das projeções baixou de 3,3% para 3,2%. A estimativa para 2024 foi mantida em 2,5% e para 2025, em 2,1%. A mediana do longo prazo permaneceu em 2,0%.

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Já a mediana das projeções para o núcleo do PCE (que exclui itens voláteis, como alimentos e energia) aumentou para 2023 e 2025, e permaneceu a mesma para 2024.Para 2023 subiu de 3,6% para 3,9%. Para 2024, se manteve estável em 2,6%. A mediana de previsão para 2025 subiu de 2,1% para 2,2%. Não há projeções para o núcleo do PCE no longo prazo.

Gráfico de pontos

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O gráfico de pontos atualizado do Federal Reserve ("dot plot"), publicado nesta quarta-feira, mostra que a principal projeção dos dirigentes presentes na reunião desta quarta é de que os juros nos Estados Unidos estejam na faixa entre 5,50% e 5,75% em 2023. Essa é a expectativa para nove dos dirigentes, enquanto três esperam juros acima de 5,75%, e seis projetam taxas abaixo de 5,50%.

O gráfico de pontos ainda mostra que dez dirigentes esperam juros acima de 4,50% em 2024, incluindo três que esperam taxas mais altas que 5,50%. Enquanto isso, seis dirigentes esperam juros entre 4,25% e 4,50% ao final do próximo ano, e dois acreditam em uma taxa abaixo de 4,25% em 2024.

Para 2025, há maior divergência, com três dirigentes esperando que os juros estejam na faixa entre 3,00% e 3,25%, e outros três projetam que eles estejam entre 3,25% e 3,50%. Entre os demais, há grande variação, que vai desde uma aposta para a faixa entre 2,25% e 2,50% a uma projeção de 5,50% a 5,75%.

No prazo mais longo, oito dirigentes esperam que os juros estejam em 2,50%, com maior dispersão nas demais projeções.

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