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FecomercioSP/Sacconato: Copom deve elevar Selic em 0,50pp em novembro, a 11,25%

O economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) André Sacconato prevê que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a Selic em 0,50 ponto porcentual na reunião de novembro. Ele ainda estima, pelo

Gabriela Jucá (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriela Jucá (via Agência Estado)
Publicado em 01.11.2024, 16:27:00 Editado em 01.11.2024, 16:32:30
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O economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) André Sacconato prevê que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a Selic em 0,50 ponto porcentual na reunião de novembro. Ele ainda estima, pelo menos, mais duas elevações de 0,50 ponto no juro básico, em dezembro e janeiro, com a taxa atingindo o nível de 12,25%. "Tudo depende do pacote de corte de gastos a ser anunciado pela Fazenda. Se vier o pacote de corte, é possível que já não seja mais necessário subir o juro ano que vem", pondera.

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Sacconato avalia que o cenário inflacionário se deteriorou bastante em relação ao encontro do colegiado de setembro. O economista cita a leitura ruim do último IPCA-15, a incerteza com a política fiscal - à espera do anúncio do corte de despesas - e uma eventual vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos como vetores de alta para a inflação. "Isso nos leva a crer que não será uma alta de 0,25 ponto, mas sim 0,50 ponto, calçada por todos esses condicionantes", detalha.

Em princípio, o cenário da FecomercioSP é de Selic estacionada em 12,25% durante todo o ano de 2025, sem espaço para a redução dos juros. Um novo ciclo de flexibilização monetária, afirma o economista, vai depender da magnitude do corte de despesas - se, de fato, for anunciado, na visão de Sacconato.

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Embora o aumento nos juros leve entre seis e nove meses para ter influência na economia real - segundo a literatura monetária -, a expectativa da FecomercioSP é que o comércio já comece a sentir os efeitos no Natal deste ano. "O mercado de trabalho está muito aquecido, mas desacelerando na margem. O cenário já está começando a ficar menos otimista", diz Sacconato, que prevê que o ciclo de aperto no juro básico seja sentido mais fortemente a partir de meados de abril no ano que vem.

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