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Fazenda reduz projeção para o IPCA de 5,58% para 4,85% em 2023

O Ministério da Fazenda revisou para baixo a projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 e 2024. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da Secretaria de Políticas Econômicos (SPE), a

Fernanda Trisotto e Amanda Pupo (via Agência Estado)

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Escrito por Fernanda Trisotto e Amanda Pupo (via Agência Estado)
Publicado em 19.07.2023, 14:23:00 Editado em 19.07.2023, 14:25:14
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O Ministério da Fazenda revisou para baixo a projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 e 2024. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da Secretaria de Políticas Econômicos (SPE), a estimativa neste ano passou de 5,58% para 4,85%, muito próximo do teto da meta estipulado para 2023, que é de 4,75%.

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Para 2024, a projeção de IPCA caiu, indo de 3,63% para 3,30%. A meta de inflação do ano que vem é de 3,00%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. O último Boletim Macrofiscal da SPE havia sido divulgado em maio.

No documento, a SPE argumenta que a revisão na projeção para a inflação oficial este ano foi motivada, sobretudo, pelas "surpresas positivas" com a divulgação do IPCA de abril e maio. Eles citaram como pontos relevantes o reajuste autorizado para plano de saúde, que foi levemente inferior ao projetado, a redução nos preços dos combustíveis (gasolina, diesel e gás) nas refinarias, além de revisões nas tarifas de energia elétrica residencial e dos ônibus urbanos.

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Em relação a 2024, a explicação dada pela SPE para a redução da projeção reflete mudanças no cenário externo, como o câmbio e o preço de commodities, além de menores reajustes previstos para preços monitorados, também explicados pela desinflação esperada para 2023 e pela demanda externa.

Após a deflação de 0,08% no IPCA de junho, a expectativa inflacionária para 2023 ficou estável em 4,95% no Boletim Focus divulgado nesta semana. Um mês antes, a mediana era de 5,12%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção continuou em 3,92%. Há um mês, era de 4,00%.

O Ministério da Fazenda destacou a mudança no regime de meta de inflação, para meta contínua a partir de 2026, como um fator que também colabora para a convergência das expectativas de inflação para este ano.

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"O processo de convergência das expectativas de inflação à meta deve seguir ocorrendo, refletindo não apenas o cenário conjuntural, mas também a mudança no horizonte do regime de inflação e a definição da meta e intervalo de tolerância para 2026. Com a mudança para horizonte contínuo, a política monetária poderá atuar para conter a inflação em intervalo de tempo que independa do mês em que o ciclo de alta inflacionária se inicie", observa a SPE.

Na avaliação da pasta, ao definir a meta em 3% e mudar a sistemática de aferição, é possível reduzir "incentivos à adoção de políticas para desacelerar de forma artificial a inflação até o fim do ano-calendário", o que vai garantir menos volatilidade de preços. "Passa ainda a ser possível ancorar as expectativas no longo prazo, uma vez que a meta passa a valer para todo horizonte relevante", diz a SPE.

O Ministério da Fazenda também reduziu a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) - utilizado para a correção do salário mínimo. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta do indicador neste ano passou de 5,34% para 4,48%. Para 2024, a projeção foi revisada de 3,44% para 3,01%.

Já a estimativa da Fazenda para a alta do IGP-DI em 2023 foi reduzida de 2,06% para -2,21%. Para o próximo ano, o patamar passou de 3,78% para 3,63%.

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