O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o governo brasileiro concluiu a primeira apresentação a investidores, roadshow no jargão de mercado, da emissão de títulos de dívida de sustentáveis, os chamados green bonds, do Brasil, que vai estrear neste tipo de captação. Foram realizadas 36 reuniões e que contaram com a participação de cerca de 60 investidores internacionais, incluindo nomes dos Estados Unidos e da Europa. Haddad demonstrou otimismo com o apetite dos investidores internacionais em entrevista a jornalistas, em Nova York. Segundo ele, agora, o ministério entra em "período de silêncio" e não pode mais comentar sobre os detalhes da emissão. Ele não quis precisar uma data nem um montante. Conforme o ministro essas são decisões que cabem ao Tesouro Nacional, sinalizando que a operação depende das condições de mercado para ser realizada. Nos bastidores, a expectativa é de que a emissão do governo brasileiro seja da ordem de US$ 2 bilhões e ocorra até meados de novembro deste ano. Os encontros com investidores foram realizados pelo futuro secretário adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux. "Tivemos uma sinalização muito positiva. Fizemos o chamado Non-Deal Roadshow, então não tinha um acordo fechado nas conversas, não houve uma definição sobre valores específicos, mas a gente pode dizer que houve um interesse muito grande dos investidores", disse ele, ao lado de Haddad, em Nova York. De acordo com Dubeux, os investidores demonstraram interesse não só no plano de transformação ecológica que o Brasil está implementando, mas também no arcabouço dos títulos sustentáveis que o Brasil desenhou. Os bancos que vão assessorar o governo brasileiro também já foram contratados. Segundo a Fazenda confirmou ao
(sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), são o norte-americano JPMorgan, o Santander e o Itaú Unibanco. Como mostrou o
Broadcastna última sexta-feira, porém, bancos de investimento se movimentam para tentar entrar na emissão do governo brasileiro e que marcará a estreia no mercado de green bonds. Pesa, sobretudo, o critério utilizado para a escolha dos assessores financeiros: os bancos mais bem posicionados nos rankings de mercado de capitais. Agora, quem ficou de fora está tentando entrar no sindicato de bancos.
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