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Faturamento pode até crescer mesmo com queda do PIB

A melhora nas expectativas em relação ao desempenho da economia em 2020, que mesmo assim deverá registrar a maior retração da história no Produto Interno Bruto (PIB) em meio à pandemia de covid-19, foi vista também na percepção de altos executivos sobre s

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.09.2020, 08:27:00 Editado em 07.09.2020, 08:31:00
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A melhora nas expectativas em relação ao desempenho da economia em 2020, que mesmo assim deverá registrar a maior retração da história no Produto Interno Bruto (PIB) em meio à pandemia de covid-19, foi vista também na percepção de altos executivos sobre seus negócios, mostra pesquisa da consultoria KPMG obtida com exclusividade pela reportagem. Com o fundo do poço da crise para trás, 35% dos executivos entrevistados agora estimam que poderá haver alta do faturamento, apesar da recessão.

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A melhora pode ser vista na comparação da primeira pesquisa feita pela KPMG, em abril e maio, com a segunda edição do estudo, que ouviu os executivos em junho e julho e ficou pronta no mês passado. A primeira versão da pesquisa entrevistou 91 executivos de alto escalão. A edição mais recente foi mais ampla, com a participação de 193.

Em junho e julho, 12% dos executivos entrevistados disseram que o faturamento de suas empresas poderá crescer até 10% em 2020, enquanto 17% disseram que o aumento poderia ser de 10% a 25% e 6% apostaram num avanço superior a 25% nas receitas. Em abril e maio, auge do pessimismo, 24% apostaram em crescimento - 8% do total de entrevistados afirmaram que a alta poderia ser de 10% a 25%, mas apenas 3% apostaram em avanço superior a 25%.

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Para André Coutinho, sócio-líder de Clientes e Mercados da KPMG no Brasil e na América do Sul, a sensação de sair do estrangulamento sofrido no pior momento dá crise dá certo "ânimo" e favorece a melhora da percepção sobre os negócios. E as expectativas de alta no faturamento estão concentradas em setores específicos, que podem de alguma forma sair ganhando com as mudanças de hábito provocadas pela pandemia, como comércio eletrônico, telemedicina, marketing digital, serviços de streaming e a indústria de alimentos.

"A indústria já recupera o tempo perdido", afirmou Coutinho.

Ainda assim, 44% dos executivos entrevistados esperam queda no faturamento, na pesquisa de junho e julho, enquanto um quinto (21%) projetam que o faturamento de 2020 será "muito próximo do ano anterior". Na primeira edição da pesquisa, 19% apostavam numa variação nula na receita em meio à pandemia, mas a maioria dos entrevistados (56%) falou em queda nas receitas de 2020.

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O movimento de melhora nas expectativas em relação ao desempenho da economia tem sido turbinado pela ação do governo para mitigar a crise, como o auxílio emergencial de R$ 600 ao mês, pago para famílias de baixa renda e trabalhadores informais. No fim de junho, as expectativas de mercado para a variação do PIB em 2020 atingiram o fundo do poço, uma queda de 6,6%, segundo o Banco Central (BC). A partir de então, analistas vieram melhorando suas projeções que agora estão em torno de uma retração de 5,3% - o que, ainda assim, garantirá a 2020 o título de pior ano para o PIB na História.

Volta aos escritórios. A mesma pesquisa nostra que 26% dos empresários acham que a volta aos escritórios ficará para o ano que vem. Na primeira edição do levantamento, entre abril e maio, apenas 9% apostavam numa volta só em 2021.

Embora o aumento na frequência de respostas que apontam para a volta ao trabalho presencial apenas em 2021 tenha chamado a atenção, 68% dos entrevistados ainda apostam na volta este ano: 33% dos empresários esperam o retorno no "próximo mês", enquanto 35% estimam que a volta se dará "até dezembro". A proporção de ouvidos que disseram estar nos escritórios nos períodos de referência (abril-maio e junho-julho) ficou estável em 23% nas duas edições do levantamento.

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Para Coutinho, a comparação entre as duas edições do estudo sugere que as empresas estão sendo cautelosas. Por isso, planos de retorno ao trabalho presencial de forma gradual - seja com os funcionários se dividindo entre o "home office" e o escritório, seja com a volta de apenas parte das equipes - estão cada vez mais comuns.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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