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FAO: índice de preços de alimentos registra quinta alta consecutiva em outubro

O índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) apresentou a quinta alta consecutiva e alcançou média de 100,9 pontos em outubro, 3,0 pontos (3,1%) acima do registrado em setembro, o maior nível desde

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.11.2020, 09:10:00 Editado em 05.11.2020, 09:16:13
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O índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) apresentou a quinta alta consecutiva e alcançou média de 100,9 pontos em outubro, 3,0 pontos (3,1%) acima do registrado em setembro, o maior nível desde fevereiro de 2020. O índice também apresenta elevação de 6,0% em comparação com outubro de 2019.

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O resultado mensal, segundo a FAO, foi impulsionado pelo aumento nos subíndices de cereais, óleo vegetal, lácteos e açúcar. Em contrapartida, os valores para as carnes recuaram, em relação aos níveis de setembro.

O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 111,6 pontos em outubro, 5,5 pontos (7,2%) acima de setembro e 15,8 pontos (16,5%) superior ao verificado em outubro de 2019. A alta de setembro marcou o quarto mês consecutivo de elevação de preços.

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De acordo com a organização, entre os principais cereais, os preços do trigo e do milho tiveram destaque. A subida do trigo refletiu "a forte demanda global em meio à redução das disponibilidades de exportação, más condições das lavouras na Argentina e ao contínuo clima seco afetando adversamente as condições do grão de inverno em partes da Europa, América do Norte e região do Mar Negro", afirmou a FAO. Em relação ao milho, os preços subiram para níveis máximos de mais de seis anos, sustentados por um ritmo acelerado nas compras pela China e pela redução de estoques nos Estados Unidos, além das quedas acentuadas nas ofertas de exportação no Brasil e na Ucrânia, acrescentou.

Os preços da cevada e sorgo também aumentaram em outubro, apoiados pela "forte procura" pelos produtos e pelas influências do aumento dos preços do milho e do trigo. Em contraste, os preços internacionais do arroz caíram para as mínimas de sete meses, "à medida que a colheita da safra principal teve início na Ásia, intensificando os esforços para atrair compradores".

O levantamento mensal também apontou que o subíndice de preços dos óleos vegetais registrou média de 106,4 pontos em outubro, alta de 1,8 pontos (1,8%) em comparação com setembro, o nível mais alto em nove meses. Segundo a entidade, valores de óleo de palma e de soja foram os que mais contribuíram para a alta.

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"As cotações internacionais do óleo de palma aumentaram pelo quinto mês consecutivo, sustentadas pelas perspectivas de produção abaixo do potencial nos principais países produtores e pela forte demanda global de importação", informou a organização. Os valores do óleo de soja foram sustentados pelo contínuo aperto na oferta na América do Sul. Em compensação, depois de aumentar cinco meses consecutivos, os valores internacionais do óleo de canola diminuíram em outubro, "em meio ao aumento da incerteza quanto à demanda na União Europeia (UE), com a covid-19 tomando toda a região.

Ainda na sondagem mensal da FAO, o subíndice de preços dos lácteos, atingiu a média de 104,4 pontos em outubro, um aumento de 2,2 pontos ante setembro, marcando o quinto aumento mensal consecutivo e elevando o índice 3,6 pontos (3,5%) acima de seu valor no mês correspondente do ano passado. Em outubro, as cotações de todos os lácteos representados no índice subiram, principalmente queijos, seguidos do leite em pó desnatado, leite em pó integral e manteiga. Os aumentos de preços em outubro refletiram algum grau de aperto no mercado para entregas de curto prazo, "sustentado pela forte demanda de importação dos mercados da Ásia e do Oriente Médio em meio às expectativas de menor disponibilidade de exportação da Oceania no final deste ano". Além disso, aumentos na demanda interna para entregas futuras na Europa, onde a produção está se aproximando de sua baixa sazonal, também impulsionaram preços", disse a FAO.

Conforme a FAO, o índice geral de carnes teve média 90,7 pontos em outubro, ligeiramente abaixo (0,5 pontos, ou 0,5%) de setembro, marcando a nona queda mensal desde janeiro, e ficando 10,9 pontos (10,7%) abaixo de seu valor do ano anterior. Os preços da carne suína caíram, acompanhando a queda nas cotações do produto que vem da Alemanha por causa das restrições de importação impostas pela China, mas os cancelamentos foram compensados pelo aumento da importação chinesa de carne suína do Brasil.

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Já os preços da carne bovina caíram em virtude da fraca demanda nos Estados Unidos, juntamente com o aumento dos embarques da América do Sul, embora a oferta da Austrália tenha caído por causa da crescente demanda por gado para recomposição do rebanho. Os preços da carne de frango também caíram um pouco por causa da redução nos pedidos da China e da Arábia Saudita.

A FAO calculou, ainda, que o subíndice de preços do açúcar ficou em média de 85,0 pontos em outubro, 6,0 pontos (7,6%) acima de setembro e 7,2 pontos (9,3%) superior ante o ano passado. Esse aumento refletiu principalmente as perspectivas de redução da produção de açúcar no Brasil e na Índia, em virtude da estiagem prolongada. Os preços do açúcar também foram sustentados pelo fraco desempenho da Tailândia, onde a produção caiu quase 5% em relação ao ano passado, como resultado também da seca. Além disso, segundo a FAO, a atuação de fundos no mercado futuro, as incertezas no mercado de petróleo bruto e a variação do real brasileiro ante o dólar norte-americano impulsionaram as cotações do produto.

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