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FAO: índice de preços de Alimentos cai 1,4% em junho ante maio

Depois de ter subido pela primeira vez em um ano em abril, o Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) caiu novamente em junho, alcançando média de 122,3 pontos, recuo de 1,7 pontos (1,4%) ante o m

Audryn Karolyne e Ana Ritti (via Agência Estado)

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Escrito por Audryn Karolyne e Ana Ritti (via Agência Estado)
Publicado em 07.07.2023, 10:06:00 Editado em 07.07.2023, 10:10:55
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Depois de ter subido pela primeira vez em um ano em abril, o Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) caiu novamente em junho, alcançando média de 122,3 pontos, recuo de 1,7 pontos (1,4%) ante o mês anterior e 37,4 pontos (23,4%) abaixo do recorde de março de 2022. A baixa se deu em virtude de uma queda nos índices de preços de cereais, laticínios, óleos vegetais e açúcar, enquanto o índice de preços das carnes permaneceu inalterado.

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O subíndice de preços dos cereais registrou média de 126,6 pontos em junho, 2,7 pontos (2,1%) a menos em relação a maio e 39,7 pontos (23,9%) abaixo de um ano atrás. Segundo a FAO, todos os cereais registraram queda. O milho caiu pelo quinto mês consecutivo, pressionado pelas colheitas brasileira e argentina, além de chuvas em áreas de seca dos Estados Unidos. Já o trigo caiu 1,3%, em virtude do início da colheita no Hemisfério Norte, ampla oferta russa e boas condições de safra nos EUA. A cevada e o sorgo foram pressionados pelas quedas do trigo e do milho, enquanto o arroz teve uma demanda moderada.

O levantamento mensal da FAO também mostrou que o subíndice de preços dos Óleos Vegetais registrou média de 115,8 pontos em junho, 2,9 pontos (2,4%) a menos em relação a maio, em seu sétimo mês consecutivo de baixa e marcando seu menor nível desde novembro de 2020. Conforme a FAO, o declínio contínuo do índice se deu por causa dos preços mundiais mais baixos dos óleos de palma e girassol, que mais do que compensaram as cotações mais altas dos óleos de soja e colza. A queda nos óleo de palma e girassol refletiram uma oferta mais ampla. Já a alta do óleo de soja pode ser explicada pela seca em áreas produtoras da oleaginosa nos EUA, enquanto a recuperação dos preços do óleo de colza está associada a condições climáticas desfavoráveis em partes do Canadá e da Europa.

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Já o subíndice de preços das carnes apresentou média de 117,9 pontos em junho, inalterado em relação a maio, "já que os aumentos nas cotações internacionais de carnes de aves e suínos foram quase compensados por quedas nas de bovinos e ovinos", justificou a FAO. No entanto, ante junho do ano passado, o índice caiu 8,1 pontos (6,4%). As cotações da carne de frango continuam sendo impulsionadas pela gripe aviária. Já a carne bovina registrou aumento da disponibilidade exportável, especialmente na Austrália, assim como a carne ovina registrou maior oferta da Oceania. Os preços da carne suína foram sustentados pela oferta restrita nas principais regiões produtoras, especialmente na União Europeia

O subíndice de preços de laticínios registrou média de 116,8 pontos em junho, queda de 1 ponto (0,8%) em relação a maio e de 33,4 pontos (22,2%) ante o período equivalente do ano anterior, de acordo com o órgão. O declínio foi novamente liderado pelos preços mais baixos do queijo internacional, refletindo em maior oferta para exportação, especialmente na Europa, onde a produção de leite acompanhou um aumento sazonal, enquanto as vendas no varejo ficaram contidas.

A FAO registrou, ainda, média de 152,2 pontos em junho para o subíndice de preços do açúcar, queda de 5,1 pontos (3,2%) em relação a maio, marcando a primeira baixa após quatro aumentos mensais consecutivos. As cotações internacionais do açúcar, no entanto, permaneceram 34,9 pontos (29,7%) acima dos níveis registrados em junho de 2022. "A queda dos preços foi impulsionada principalmente pelo bom progresso da safra de cana-de-açúcar 2023/24 no Brasil e por uma lenta demanda global de importação, especialmente da China, o segundo maior importador mundial de açúcar", justificou a FAO, acrescentando que preocupações com os efeitos do El Niño na safra e com o real valorizado ante o dólar norte-americano limitaram as quedas nos preços mundiais.

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