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Exterior e percepção de melhora de risco Brasil após S&P aliviam taxas de juros

Os juros futuros caem na manhã desta quinta-feira, 15, seguindo o dólar ante outras moedas principais e os retornos dos Treasuries, enquanto os investidores avaliam a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) relativa a abril, que mostrou fraqueza do setor. O rec

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 15.06.2023, 11:02:00 Editado em 15.06.2023, 11:07:23
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Os juros futuros caem na manhã desta quinta-feira, 15, seguindo o dólar ante outras moedas principais e os retornos dos Treasuries, enquanto os investidores avaliam a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) relativa a abril, que mostrou fraqueza do setor.

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O recuo ocorre mesmo após fecharem em queda ontem, já refletindo a mudança de perspectiva do rating do Brasil pela S&P Global, que reforça a expectativa de queda mais próxima da Selic. Essa percepção ainda é reforçada pelos dados fracos do volume de serviços em abril no Brasil.

As taxas de juros mantêm o sinal de queda após a oferta do leilão do Tesouro Nacional, de 1,5 milhão de NTN-F e de 11 milhões de LTN, na esteira da S&P, e do recuo dos retornos dos Treasuries e do dólar.

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Segundo Rafael Sueishi, head de renda fixa da Manchester Investimentos, a tendência continua sendo de queda, movimento que já ocorre há alguns meses. "Vemos melhora da parte monetária, em meio a alívio da inflação, o que melhora a parte curta da curva, e isso leva a aumento das expectativas de que o BC vai começar a cortar a Selic", diz. "Vemos uma melhora perceptível não só passando pela S&P, com melhora de perspectiva de crédito do Brasil. Tem a questão fiscal que passa muito pelo crescimento", completa.

Lá fora, os juros dos Treasuries passaram a cair, seguindo a publicação de dados de varejo, dos pedidos de auxílio-desemprego e atividade industrial do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Nova York, todos acima do esperado pelo mercado.

Hoje, o Banco Central Europeu (BCE) subiu os juros em 0,25 ponto porcentual, como o esperado, um dia depois de o Fed manter o juro e indicar aumentos até o fim do ano. Ao mesmo tempo, seguem am no radar novos sinais de que Pequim seguirá estimulando sua economia.

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"Apesar da manutenção, há probabilidade de novas altas nas seguintes. O presidente do Fed, Jerome Powell, disse que as próximas semanas serão importantes para se medir o aperto monetário adotado. Então, a decisão de julho ainda não foi tomada. E o BCE subiu o juro, com o ciclo de alta devendo continuar, em meio à inflação resiliente", avalia a economista-chefe do TC, Marianna Costa.

Ontem, a S&P Global surpreendeu ao revisar de estável para positiva a perspectiva do rating BB- do Brasil. A noticia pegou os mercados abertos, levando o dólar e os juros para baixo, enquanto o Ibovespa saltou quase 2%.

O entendimento é de que a alteração do rating atraia mais investimentos e acelere a pauta de reformas do governo e, no curto prazo, apresse uma queda da Selic. Ao comentar a mudança do rating, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os Três Poderes se harmonizaram e que agora falta o Banco Central se somar a esse esforço.

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"O pano de fundo para Brasil é positivo, o Brasil está barato, a inflação está mais baixa e também tem aberto uma condicionante externa positiva", diz o estrategista Francisco Levy.

Às 10h52, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 tinha 13,000%%, de 13,041% no ajuste ontem; o DI para janeiro de 2025 mostrava 11,080%, ante 11,123% no ajuste de quarta; o DI para janeiro de 2027 exibia 10,54%, ante 10,61%, e o DI para janeiro de 2029 era negociado em 10,87%, após 10,97% do ajuste.

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