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Exterior e IPCA-15 garantem queda das taxas de juros

Uma combinação de taxas mais baixas no exterior e um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) perto do piso das estimativas dos analistas provocou baixa em toda a curva nesta terça-feira. Enquanto o cenário externo foi o drive na ponta

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.05.2021, 18:04:00 Editado em 25.05.2021, 18:11:42
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Uma combinação de taxas mais baixas no exterior e um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) perto do piso das estimativas dos analistas provocou baixa em toda a curva nesta terça-feira. Enquanto o cenário externo foi o drive na ponta longa, na curta houve certa consolidação das apostas de alta da Selic em 0,75 ponto porcentual. Agentes do mercado lembram, ainda, que toda a estrutura está com muito prêmio, o que influencia também no movimento forte de baixa nesta terça nos principais vértices.

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A taxa de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 recuou de 5,056% na segunda-feira para 4,995% no ajuste desta terça. O janeiro 2023 passou de 6,809% para 6,71%. O janeiro 2025 cedeu de 8,275% para 8,15%. E o janeiro 2027 caiu de 8,864% a 8,76%.

O diferencial entre os contratos janeiro 2022 e janeiro 2027, uma medida de inclinação da curva, passou de 380 pontos-base na segunda-feira a 376,5 pontos nesta terça.

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O movimento de queda firme dos títulos do Tesouro americano ampararam, em um primeiro momento, o viés de baixa das taxas internas. Por lá, as vendas de moradias e a confiança do consumidor vieram negativos, ambos os índices com estreita relação com a atividade econômica. Analistas ponderaram que o salto recente da inflação pode explicar essa baixa, ainda que dirigentes do Federal Reserve reiteradamente têm dito que os preços altos têm causas transitórias.

Quer por causa de sinais de desaquecimento da atividade, quer devido a declarações de dirigentes do Fed, fato é que as taxas dos Treasuries cederam com velocidade, chegando ao menor nível em 15 dias, influenciando diretamente os juros médio e longos locais.

Internamente, o cenário também ajudou. O grande destaque da agenda brasileira era o IPCA-15 de maio. Analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast já previam desaceleração do índice na margem, a 0,54% (intervalo de 0,43% a 0,61%), mas ele marcou 0,44%. É a taxa mais alta para o mês desde 2016, mas menos intensa do que inicialmente projetado.

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A despeito de o IPCA-15 ter chancelado revisões para cima do índice cheio do ano - muito em função do temor com relação à crise hídrica e suas consequências para os preços de energia -, analistas apontam que os serviços subjacentes, acompanhados de perto pelo Banco Central para a formulação da política monetária, apresentam arrefecimento.

Nesta terça, aliás, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, em evento do BTG Pactual, que a autoridade monetária pode sair de uma normalização parcial da Selic para buscar uma taxa de juros neutra se o cenário de inflação para 2022 mudar. Mas ele afirmou que o cenário atual continua indicando para um processo de normalização parcial.

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