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Expectativa é de Selic em 13,25% até junho no Brasil, prevê Barclays

O banco Barclays afirmou em relatório que as surpresas da política monetária na América Latina na última semana estiveram na postura mais branda (dovish) dos Bancos Centrais (BC). Os analistas destacaram a indicação do BC brasileiro de que o ciclo de alta

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.04.2022, 10:58:00 Editado em 03.04.2022, 11:04:24
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O banco Barclays afirmou em relatório que as surpresas da política monetária na América Latina na última semana estiveram na postura mais branda (dovish) dos Bancos Centrais (BC). Os analistas destacaram a indicação do BC brasileiro de que o ciclo de alta de juros deve se encerrar em maio. Ainda assim, o banco acredita em uma continuação de aumentos em junho, em razão da expectativa de inflação.

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"No geral, ainda esperamos que o BCB eleve as taxas para 13,25% até junho, pois acreditamos que a dinâmica da inflação continuará desafiadora no curto prazo, possivelmente levando a um descolamento adicional das expectativas de altas de preços. Projetamos que a inflação do IPCA de março (a ser divulgado em 8 de abril) acelerou para 1,29%, depois de registrar 1,01% em fevereiro, o que levaria o acumulado em 12 meses para 10,94%, antes de atingir um pico de 11,6% em abril (seu nível mais alto em mais de 18 anos)", escrevem Roberto Secemski, Gabriel Casillas, Alejandro Arreaza e Pilar Tavella.

O BC do Chile surpreendeu em sua postura mais branda do que o esperado. A taxa de juros foi elevada em 150 pontos base, menos do que estimou o consenso de mercado que previa 200 pontos base de alta.

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"O Conselho parece ter levado em conta a combinação da surpresa de alta na inflação com a desaceleração da atividade econômica em sua decisão de manter o mesmo ritmo de alta da reunião de janeiro. O Conselho antecipa que os aumentos futuros serão menores, em linha com nossa expectativa de que o ritmo de aumentos desacelere a partir da reunião de maio", escrevem os analistas.

Eles afirmam que continuam a ver riscos para a projeção do banco de taxa terminal de 8%, já que a inflação mais alta em meio a tensões geopolíticas deve superar o efeito negativo no crescimento econômico global. "Mesmo sendo um choque do lado da oferta, as expectativas de inflação estão acima da meta, a inflação está bem acima da meta e a economia está superaquecida. Na divulgação do IPC da próxima semana, esperamos que a inflação acelere para 8,33% a/a, após a surpresa negativa de 7,81% a/a em fevereiro".

A Colômbia, por sua vez, manteve abordagem gradual em seu processo de normalização tarifária. O conselho do banco elevou a taxa básica de juros em 100 pontos base, menos do que os 150 pontos mais agressivos que o consenso do mercado esperava. "Por enquanto, achamos que o banco não precisa se apressar e pode continuar com sua abordagem gradual. Uma aceleração do ciclo de alta dependeria principalmente da evolução da atividade econômica", considera o Barclays.

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O banco acredita que o Banco Central do México seguirá os aumentos de taxa do FOMC, pelo menos até o ponto em que a taxa de referência da instituição atinja 8,25%.

Para o BC do Peru, espera-se que se mantenha o ritmo de alta de 50 pontos base na próxima semana, dado que a atividade econômica está enfraquecendo.

Na Argentina, os analistas destacam que o banco central continua a aumentar as taxas, mas as taxas reais permanecem negativas. "Esperamos que a política monetária se torne um pouco mais dura com o programa do FMI, mas não significativamente contracionista", escreveram.

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