MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Expectativa de solução sobre dívida EUA e de Selic menor anima Ibovespa

O otimismo externo por conta das perspectivas de avanço nas negociações sobre o teto da dívida dos Estados Unidos estimula alta do Ibovespa nesta sexta-feira, indicando um segundo pregão seguido de ganhos. Além disso, sugere um fechamento semanal com valo

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

·
Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 26.05.2023, 11:42:00 Editado em 26.05.2023, 11:47:08
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O otimismo externo por conta das perspectivas de avanço nas negociações sobre o teto da dívida dos Estados Unidos estimula alta do Ibovespa nesta sexta-feira, indicando um segundo pregão seguido de ganhos. Além disso, sugere um fechamento semanal com valorização, após mostrar queda até ontem de 0,62%. Às 11h17 subia 0,74% na semana, o que seria a quinta elevação seguida no período.

continua após publicidade

A força das commodities impulsiona o Ibovespa - o petróleo tinha alta de quase 1% perto de 11 horas e o minério de ferro em Dalian, na China, avançou 3,69%, após quedas recentes. "A China está sendo uma decepção em termos de crescimento no pós-covid e ainda há relatos de novos casos, o que levanta preocupações quanto ao crescimento", avalia José Simão, sócio da Legend Investimentos.

Na Bolsa, os investidores ainda reverberam a expectativa de início de queda da Selic em agosto, após novos sinais de alívio da inflação doméstica. "Aqui, o fechamento da curva recentemente animou o mercado e teve ainda a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ontem. O IPCA-15 veio menor, com núcleos mais baixos", afirma o sócio da Legend. "Mas a luta no combate à inflação continua. Há muitos percalços pela frente", completa Simão.

continua após publicidade

Para o estrategista-chefe do Grupo Laatus, a alta do Ibovespa hoje é continuidade do movimento na véspera. "As expectativas melhoraram muito. Cada vez mais há motivos para o Banco Central cortar juros. A fala de Campos Neto de ontem foi dovish", afirma.

À GloboNews, o presidente do BC afirmou que a desinflação tem sido lenta, mas disse ver sinais positivos à frente. "Vemos algumas coisas clareando."

Conforme Laatus destaca, a expectativa de redução da Selic, que atualmente está em 13,75% ao ano, talvez já em agosto, beneficia ações ligadas ao consumo e a bancos, principalmente. "E Hoje tem a ajuda das commodities, que impulsionam Vale, Petrobras", diz.

continua após publicidade

Ontem, o principal indicador da Bolsa brasileira retomou a importante marca psicológica dos 110 mil pontos (110.054,38 pontos), fechando em alta de 1,15%. O principal motivo foram as crescentes expectativas de início de queda da Selic em agosto, após o IPCA-15 de maio, de 0,51%, abaixo da mediana projetada (0,65%) e perto do piso das previsões (0,48%).

Além do resultado do IPCA-15, a percepção de que o arcabouço fiscal terá uma tramitação rápida no Senado e as falas de Campos Neto ajudaram na visão de recuo do juro básico.

Nos EUA, há expectativa crescente de que um acordo para elevar o teto da dívida do país está mais próximo. Com isso, tem pouco efeito os novos dados fortes da economia americana informados mais cedo, sugerindo alta dos juros do país.

continua após publicidade

O PCE, indicador de inflação predileto do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) na tomada das suas decisões de política monetária, teve alta interanual de 4,4% em abril, enquanto o núcleo subiu 4,7% do núcleo, na mesma base comparação (previsão de 4,6%). Em tese, sugere um Fed mais duro, como indicou ontem o PIB americano. Já o índice de sentimento do consumidor dos EUA, medido pela Universidade de Michigan, caiu menos do que o esperado na leitura final de maio, a 59,2, dando força às bolsas.

Na agenda interna, destaque para o pior resultado da conta corrente para meses de abril desde 2019 e um IDP minguado, conforme o Banco Central.

Às 11h14, o Ibovespa subia 1,14%, 111.621,15 pontos, após elevação de 1,50%, na máxima aos 111.705,53 pontos. Vale avançava 3,05% e Petrobras subia em torno de 1,00%. Entre os grandes bancos, a alta máxima era de 1,30% (Bradesco PN). Já CVC ON tinha elevação de 4,48%, depois do recuo ontem.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Expectativa de solução sobre dívida EUA e de Selic menor anima Ibovespa"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!