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Eventualmente, você precisa dar doses maiores do remédio, diz Galípolo, sobre juros

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta terça-feira, 1º de abril, que é possível que os canais de transmissão da política monetária do Brasil não tenham a mesma fluidez que em outros países. Isso pode explicar a razão pela qual o País

Cícero Cotrim e Célia Froufe (via Agência Estado)

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Escrito por Cícero Cotrim e Célia Froufe (via Agência Estado)
Publicado em 01.04.2025, 12:04:00 Editado em 01.04.2025, 12:12:03
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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta terça-feira, 1º de abril, que é possível que os canais de transmissão da política monetária do Brasil não tenham a mesma fluidez que em outros países. Isso pode explicar a razão pela qual o País precisa de juros mais altos para controlar a inflação, argumentou.

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"Eventualmente, você precisa dar doses maiores do remédio para conseguir o mesmo efeito", disse Galípolo, durante uma sessão da Câmara dos Deputados em homenagem aos 60 anos do BC.

O chefe da autoridade monetária tentava rebater críticas de deputados que, durante a sessão, pediram a redução da taxa Selic. Minutos antes, Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) havia dito que não faria sentido o Brasil ter juros de 14,25% ao ano, contra 5% nos Estados Unidos, e afirmou que seria "inaceitável" Galípolo seguir a mesma metodologia do ex-presidente do BC Roberto Campos Neto.

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O atual presidente do BC afirmou que, na literatura internacional e nas conversas com outros banqueiros centrais, o principal questionamento é como o Brasil pode ter juros que seriam elevados para vários países e, mesmo assim, ter uma economia dinâmica. Ele lembrou que, recentemente, o desemprego caiu ao menor nível da história no País, e o rendimento das famílias cresceu às máximas.

Galípolo citou a estrutura de subsídios da economia brasileira como uma das explicações para o mau funcionamento dos canais de transmissão. "Nós temos uma série de subsídios cruzados, perversos e regressivos na sociedade brasileira. E talvez para nós, do Banco Central, esses trade-offs, como a gente costuma chamar, esses ônus e bônus, essas trocas, sejam mais evidentes", disse.

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