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EUA/Yellen: inflação está inaceitavelmente alta; reduzi-la é principal prioridade

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, reconheceu, nesta quinta-feira, 14, que a inflação no país está "inaceitavelmente alta" e afirmou que reduzi-la é a principal prioridade atual do governo americano. Em coletiva de imprensa em Bali,

André Marinho (via Agência Estado)

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Escrito por André Marinho (via Agência Estado)
Publicado em 14.07.2022, 08:32:00 Editado em 14.07.2022, 08:37:37
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A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, reconheceu, nesta quinta-feira, 14, que a inflação no país está "inaceitavelmente alta" e afirmou que reduzi-la é a principal prioridade atual do governo americano. Em coletiva de imprensa em Bali, na Indonésia, onde participará de reunião do G-20 nesta sexta-feira, Yellen explicou que apoia os planos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para controlar a escalada dos preços.

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"Para além disso, estamos tomando nossas próprias medidas que acreditamos que serão favoráveis no curto prazo para reduzir a inflação, principalmente o que estamos fazendo com os preços da energia", ressaltou.

Yellen destacou que o setor energético respondeu por metade do aumento do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, divulgado nesta quarta-feira. Segundo ela, o mercado de trabalho americano está "forte" e "apertado". "Testemunhamos uma recuperação histórica do emprego - agora recuperamos todos os empregos do setor privado que foram perdidos", disse.

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A secretária chamou atenção para o impacto da invasão russa da Ucrânia no cenário inflacionário. "Estamos vendo os efeitos negativos dessa guerra em todos os cantos do mundo - particularmente no que diz respeito aos preços mais altos da energia e à crescente insegurança alimentar", comentou.

Petróleo russo

Yellen disse, ainda, que a imposição de um teto aos preços de petróleo da Rússia é um dos "mais poderosos instrumentos" no processo de controle da inflação. A secretária ressaltou que o recurso retiraria de Moscou uma parcela importante da receita da qual depende para financiar a guerra na Ucrânia. "Também ajudará a manter a oferta global de petróleo, ajudando a pressionar os preços para os consumidores nos EUA e globalmente em um momento em que os preços da energia estão em alta", explicou.

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Yellen comentou que espera que China e Índia, dois dos principais clientes do petróleo russo, entendam que o limite às cotações serviria a seus interesses. Ainda assim, ela avalia que, mesmo sem a adesão dos países asiáticos, muitos dos mercados que importam da Rússia serão afetados pelo embargo a serviços financeiros e de seguro imposto pela União Europeia.

A imposição de um limite ao preço do petróleo russo começou a ser discutida no mês passado no âmbito da cúpula do G-7, na Alemanha. O tema tem sido negociado com economias asiáticas, particularmente China e Índia, que resistem a impor sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia.

Janet Yellen avaliou que o cenário econômico e inflacionário de países emergentes se deteriorou nos últimos meses, como resultado da escalada dos preços de energia e alimentos, na esteira da guerra na Ucrânia. Ela também atribuiu o movimento ao ritmo mais agressivo de aperto monetário do Federal Reserve, que fortaleceu o dólar.

Segundo a secretária, a apreciação da divisa dos EUA beneficia o setor de exportação desses mercados. "Por outro lado, na medida em que os países têm dívidas em dólares, isso pode dificultar esses problemas de dívida, que já são muito graves", alertou.

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