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EUA: governo pede que sindicato e montadoras insistam na busca de acordo para evitar greve

A administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quer que as montadoras e o sindicato que representa os trabalhadores das principais indústrias automotivas americanas, o United Auto Workers (UAW), sigam discutindo um acordo, disse o chefe do g

Patricia Lara, especial para o Broadcast (via Agência Estado)

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Escrito por Patricia Lara, especial para o Broadcast (via Agência Estado)
Publicado em 13.09.2023, 16:26:00 Editado em 13.09.2023, 16:31:47
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A administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quer que as montadoras e o sindicato que representa os trabalhadores das principais indústrias automotivas americanas, o United Auto Workers (UAW), sigam discutindo um acordo, disse o chefe do grupo de conselheiros econômicos da Casa Branca, Jared Bernstein, em entrevista coletiva nesta quarta-feira em Washington. Bernstein disse que Biden é o presidente americano mais pró-sindicato à frente do país, na medida em que acredita que a atuação das entidades representativas dos trabalhadores ajuda a distribuir de forma mais igualitária os benefícios do crescimento. Segundo o assessor, os trabalhadores da indústria automotiva americana têm contribuído para a produtividade do país.

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IMPACTO

Uma possível greve de 150 mil trabalhadores do setor automotivo nas três grandes montadoras dos Estados Unidos - General Motors, Ford e Stellantis - esta semana poderia interromper quase um terço da produção automotiva do país, diz a Oxford Economics em relatório assinado pelos economistas Michael Pearce e Nancy Vanden Houten e distribuído nesta quarta-feira. "Isto poderá fazer com que o crescimento da folha salarial (payroll) nos EUA seja temporariamente negativo e aumente as pressões sobre os preços no curto prazo", diz o relatório. No entanto, como a participação sindical e a ação grevista ainda são baixas do ponto de vista histórico, a Oxford Economics não acredita que isto marque um ponto de reviravolta na força de trabalho, além de não sugerir um risco ampliado de espiral duradoura de preços-salários nos próximos anos. "Calculamos que uma greve que abrangesse todos os trabalhadores reduziria diretamente o PIB dos EUA em 0,2%-0,3% devido a um declínio de 30% na produção de veículos motorizados durante a paralisação. Esse impacto começaria a aparecer no relatório de produção industrial de setembro. Mas devido à forma como os dados são calculados, qualquer impacto no relatório de folha de pagamento só ocorreria em outubro", avaliam os economistas. O acordo envolvendo os 150 mil membros do United Auto Workers e as três maiores montadoras vence em 14 de setembro. Membros do UAW já aprovaram uma greve caso não seja formalizado um novo acordo. As demandas da categoria incluem aumento salarial de 40% ao longo de quatro anos, melhora nos benefícios de aposentadoria e jornadas de trabalho mais curtas.

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