O estoque de produtos agrícolas no País totalizou 44,6 milhões de toneladas ao fim do segundo semestre de 2023, segundo a Pesquisa de Estoques divulgada na quinta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo período de 2022, houve alta de 13,2%.
Houve expansão nos estoques de milho (15,8%) e soja (39,6%), mas redução em trigo (13,3%). "Os estoques dos produtos se relacionaram diretamente com a safra de 2023, recorde na produção de soja e milho, proporcionaram estoques maiores e a queda na produção de trigo, por causa de problemas climáticos, reduziram os estoques", explicou o IBGE no relatório.
Esses produtos acrescidos do arroz e do café, constituem 92,7% do total de produtos levantados pela Pesquisa, sendo os 7,3% restantes compostos por algodão, feijão preto, feijão de cor e outros grãos e sementes.
Os estoques de milho somaram o maior volume, 21 milhões de toneladas, seguidos pela soja (11,3 milhões), trigo (6,4 milhões), arroz (1,5 milhão) e café (1,1 milhão).
A capacidade útil disponível no Brasil para armazenamento agrícola foi de 210,9 milhões de toneladas em estabelecimentos ativos no segundo semestre de 2023, 4,7% maior do que o resultado do semestre anterior.
O número de estabelecimentos ativos foi de 9.102 locais, um acréscimo de 4,8% ante o primeiro semestre de 2023.
No segundo semestre de 2023, todas as regiões tiveram aumento no número de estabelecimentos: Norte (3,1%), Nordeste (2,3%), Sudeste (1,4%), Sul (5,1%) e Centro-Oeste (6,7%).
O Rio Grande do Sul tem o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.387), seguido por Mato Grosso (1.621), e Paraná (1.369).
Mato Grosso tem a maior capacidade de armazenagem do País, com 55,5 milhões de toneladas, sendo 58,9% do tipo graneleiros e 35,9% do tipo silos.
O Rio Grande do Sul tem 37,7 milhões de toneladas de capacidade, e o Paraná, 34,1 milhões de toneladas de capacidade, com predominância do silo.
Quanto à capacidade útil armazenável, os silos somaram 110 milhões de toneladas no segundo semestre de 2023, o que representa 52,2% da capacidade útil total. Em relação ao primeiro semestre de 2023, a capacidade dos silos cresceu 4,6%.
Os armazéns graneleiros e granelizados atingiram 77,8 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, 36,9% de toda a armazenagem nacional. Houve expansão de 6,3% na capacidade ante o semestre anterior.
Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis somaram 23,1 milhões de toneladas, uma fatia de 10,9% da capacidade total do País. O resultado representou um aumento de 0,2% em relação ao primeiro semestre de 2023.
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