O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a pasta está fazendo um esforço na "reta final" para cumprir a meta fiscal deste ano, de déficit primário zero, com 0,25 ponto porcentual do PIB de tolerância. Ele afirmou que, se não fossem despesas não previstas "no orçamento recebido do governo anterior", o déficit teria ficado próximo do alvo em 2023.
"Nós estamos fazendo um esforço nessa reta final, temos quatro meses, para buscar a meta prevista na LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias, que era considerada por muitos impossível de ser atingida", afirmou Haddad, criticando as projeções do mercado para o déficit primário do governo central.
No programa "Bom dia, ministro", da EBC, ele também criticou as projeções de crescimento do PIB do mercado, que indicavam uma alta próxima de 1,6% este ano. "Nós crescemos no segundo trimestre 1,4%, ou seja, nós crescemos em três meses o que o pessoal projetou para o ano inteiro", afirmou Haddad.
Ele afirmou que "não é normal" errar as projeções de crescimento do PIB nessa proporção e que as "previsões catastrofistas" que foram feitas para a economia brasileira não estão se concretizando. Afirmou, ainda, que há "especuladores" que ganham com esse tipo de estimativa. "Nós não podemos desconsiderar a especulação", disse.
Haddad afirmou que, na Fazenda, ninguém considera que a vida está fácil, mas argumentou que não é razoável negar as oportunidades do País. "O Brasil pode viver um ciclo de crescimento sustentável, essa é a minha opinião", ele disse, ressaltando que ainda há "muito que fazer" para que esse ciclo se materialize.
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