O secretário-executivo do ministério do Planejamento, Gustavo Guimarães, disse nesta terça-feira, 19, que a elevação da nota de crédito do Brasil pela S&P Global é um reconhecimento do trabalho feito ao longo do ano pelo governo. "Estamos a dois passos do paraíso porque estamos a duas notas para voltar ao grau de investimento, de onde o Brasil não deveria ter saído", disse Guimarães ao lembrar que agora todas as agências de classificação de risco veem o País a dois níveis do grupo de bons pagadores de dívida. "Vamos seguir os próximos anos nesta linha de trabalho", acrescentou. Ele assinalou que as elevações da nota de risco do Brasil mostram como o mercado internacional vê a capacidade de pagamento e os reflexos do desempenho econômico do País. O secretário destacou, durante evento, o objetivo do governo de percorrer um caminho de crescimento sustentável, fugindo dos "voos de galinha", sendo que a receita é manter a responsabilidade fiscal. É o que está previsto, conforme frisou, no novo arcabouço das contas públicas, que prevê um equilíbrio gradual entre receitas e despesas. Após atribuir o momento da economia a um trabalho conjunto entre os três poderes, Guimarães mostrou em sua apresentação gráficos que mostram que o comportamento da dívida pública tem sido melhor do que o previsto pelo mercado.
Guimarães disse que a pasta está fechando para encaminhar ainda nesta semana as medidas de crédito extraordinário para pagamento do estoque de precatórios. O secretário considerou acertada a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou o governo a pagar a dívida com precatórios neste ano. O secretário também reiterou no evento que o ministério segue trabalhando na agenda de revisão de benefícios fiscais ineficazes, assim como vai propor uma reforma do sistema orçamentário com a criação de uma lei de finanças. Guimarães informou ainda que, "em breve", sairá a regulamentação da mudança do regime de meta de inflação, para a meta contínua, aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) junto com a manutenção da meta central dos próximos anos em 3%. "Foi uma decisão acertada", afirmou o secretário. Conforme Guimarães, a inflação mais baixa, com os núcleos de preços mostrando desinflação, é resultado de um trabalho conjunto das políticas fiscais e monetária.
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