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Espera por Fed e Copom levam à queda do Ibovespa; notícias corporativas aliviam

Investidores externos e internos colocam o pé no freio antes das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Depois de fechar em queda de 0,72%, aos 114.018,78 pontos, o Ibovespa volta a cair, acompanhando os mercados de ações internaci

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.03.2021, 10:59:00 Editado em 17.03.2021, 11:02:52
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Investidores externos e internos colocam o pé no freio antes das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Depois de fechar em queda de 0,72%, aos 114.018,78 pontos, o Ibovespa volta a cair, acompanhando os mercados de ações internacionais e o recuo do petróleo no exterior. No entanto, o noticiário corporativo local dá algum alento, como a decisão do governo de incluir a Eletrobras no Programa Nacional de Desestatização (PND) e a notícia de que deputados concluíram a votação do Novo Marco do Gás.

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Às 10h38, o Ibovespa caía 0,20%, aos 113.795,94 pontos.

"São notícias positivas, de destravamento da pauta de investimentos e de perspectivas de melhora da produtividade brasileira. Indicam melhora do ponto de vista fiscal. A da Eletrobras indica que o cenário de privatização está de volta. Tudo o que destravar o mercado, é positivo", avalia estrategista-chefe da Davos Investimentos, Mauro Morelli.

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Na tarde desta quarta, sairá a decisão sobre juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), para o qual espera-se manutenção da taxa perto de zero, mas elevação das projeções para o crescimento econômico. Já à noite, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve começar a subir no Brasil a Selic, que atualmente está em 2,00% ao ano.

"Diria que há um tom de atenção nessa semana de decisões de política monetária. Há uma diferença grande entre o que está acontecendo no mundo e o que ocorre no Brasil não só em relação à pandemia de covid-19, mas em relação ao juro. A expectativa é de que algumas definições fiquem claras por partes dos bancos centrais", avalia Morelli.

Além das reuniões do Fed e do Banco Central (BC) brasileiro, há reuniões na Inglaterra, na quinta, e no Japão, na sexta-feira.

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Para o Copom, a maioria das projeções indica alta entre meio ponto e 0,75 ponto porcentual para a taxa que hoje está 2,00% ao ano. Além disso, há atenção relevante quanto aos comunicados, seja do Copom, seja do Fed para saber os próximos passos de ambas as políticas monetárias no momento em que o mundo ainda enfrenta os desafios da pandemia de covid-19.

"O que vemos é um tom cauteloso entre os investidores, diante da preocupação de sempre. Há preocupação com a volta da inflação e pressão nos juros longos nos EUA, mas sobretudo espera-se alguma sinalização do banco central norte-americano. Isso, certamente fará preço. Portanto, os movimentos nos mercados devem ficar mais lentos antes dessa informação", estima o economista-chefe do BC, Roberto Padovani, em análise enviada a clientes e à imprensa.

Além da divulgação da decisão sobre juros e projeções econômicas pelo Fed, às 15 horas, haverá a coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell, em seguida, o que sempre gera muita expectativa. "Não há a menor perspectiva de aumento de juros nos EUA, mas o Fed pode dar sinal de como está vendo a inflação e como sairá do programa de compra de ativos, quando isso ocorrerá", estima Morelli.

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Quanto ao Copom, Padovani diz ser "uma decisão muito difícil", ao referir-se ao atual avanço inflacionário em meio a um crescimento econômico baixo. "Qualquer uma dessas decisões 0,50 ou 0,75 ponto; BV espera alta de meio ponto pode fazer sentido", completa.

Porém, antes das decisões de política monetária, o investidor segue de olho no agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil e em dados divulgados hoje pela Economia, como a manutenção de alta de 3,2% para o PIB em 2021 e de 2,5% para os anos seguintes até 2024, mesmo com o avanço da pandemia de covid-19. Aliás, hoje o governo de São Paulo deve anunciar novas medidas para conter o avanço da doença.

Ontem, no dia mais letal desde o início da doença no País, quando houve o registro de 2.798 mortes em 24 horas, o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a política de saúde não é dele, mas do governo do presidente Jair Bolsonaro, e que foi convocado para "dar continuidade" ao trabalho do ministro anterior.

Ao mesmo tempo, a reprovação da gestão de Bolsonaro no combate à pandemia da covid-19 subiu de 48% em janeiro para 54% em março, segundo pesquisa do Datafolha. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a disparada dos números do novo coronavírus aponta para o "colapso" do sistema de saúde no Brasil e para a iminência de uma "catástrofe".

Além disso, no exterior, o minério de ferro no porto chinês de Qingdao caiu 0,08%, a US$ 166,19 a tonelada, enquanto os EUA anunciaram sanções a 24 autoridades de Hong Kong, um dia antes de reunião com China.

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