MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Especialistas defendem aprofundar reforma trabalhista

Enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - líder nas pesquisas na corrida presidencial deste ano - propõe revogar a reforma trabalhista em vigor desde novembro de 2017, especialistas defendem aprofundá-la. Para eles, não há como haver geração de

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 11.02.2022, 08:56:00 Editado em 11.02.2022, 09:04:38
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - líder nas pesquisas na corrida presidencial deste ano - propõe revogar a reforma trabalhista em vigor desde novembro de 2017, especialistas defendem aprofundá-la. Para eles, não há como haver geração de empregos sem crescimento econômico, mas a reforma do governo Michel Temer teria deixado de lado pontos que podem impulsionar de vez a criação de vagas.

continua após publicidade

Lula se inspira na "contrarreforma" aprovada na Espanha por apenas um voto de diferença na semana passada, revertendo grande parte das mudanças feitas em 2012. A nova lei busca diminuir o alto porcentual de trabalhadores temporários no país, que hoje chega a 25% - o maior entre os 27 países da União Europeia.

O economista do trabalho e professor da Universidade de São Paulo José Pastore alerta que é preciso ter cuidado ao tomar como exemplo o movimento do governo espanhol. "As condições são muito diferentes entre os mercados de trabalho dos dois países. Após a crise de 2008, a Espanha criou várias modalidades de 'trabalho picadinho': por hora, por obra, por projeto. Essas modalidades foram corroendo as proteções dos trabalhadores, algumas até desapareceram, diferentemente do caso brasileiro", disse, em debate virtual realizado pela FecomercioSP que vai ao ar hoje.

continua após publicidade

Pastore lembra que o trabalho temporário é regulamentado no Brasil desde 1974, com regras que garantem todos os direitos trabalhistas. "Da mesma forma, o trabalho intermitente, o trabalho parcial e o teletrabalho (modalidades criadas na reforma de 2017) têm todos os direitos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). O nosso problema não é esse, é a informalidade. Acabar com o trabalho temporário não vai transformar tudo em trabalho estável e definitivo", disse.

O economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ressaltou que o marco trabalhista precisa abarcar as possibilidades de trabalho remoto impulsionadas durante a pandemia. "Se não adaptarmos a legislação brasileira, o trabalhador brasileiro ficará para trás", afirmou. "Um mundo novo se abriu com a pandemia. Se eu trabalho remotamente daqui do Brasil para uma empresa americana, qual é a legislação que vale? É preciso deixar a regra do jogo bem clara."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Especialistas defendem aprofundar reforma trabalhista"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!