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Enquanto mundo discute o futuro, o Brasil segue discutindo o passado, diz Wichmann, da XP

Enquanto o mundo está discutindo o futuro, a inteligência artificial, o Brasil segue discutindo o passado, a política fiscal, afirmou Arthur Wichmann, CIO da XP, durante apresentação do relatório "Onde Investir: 2º Semestre de 2024", elaborado pela equipe

Eduardo Puccioni (via Agência Estado)

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Escrito por Eduardo Puccioni (via Agência Estado)
Publicado em 08.07.2024, 17:28:00 Editado em 08.07.2024, 17:36:32
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Enquanto o mundo está discutindo o futuro, a inteligência artificial, o Brasil segue discutindo o passado, a política fiscal, afirmou Arthur Wichmann, CIO da XP, durante apresentação do relatório "Onde Investir: 2º Semestre de 2024", elaborado pela equipe da XP Investimentos.

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"No Brasil a gente continua discutindo o passado, se o mundo está engajado em inteligência artificial, novos modelos de negócio, etc. A discussão que dominou o primeiro semestre aqui no Brasil e acho que vai dominar o segundo semestre e vai dominar os próximos anos é a política fiscal, é a vulnerabilidade fiscal brasileira. Infelizmente, a gente tem uma política fiscal e isso aí é uma herança bastante antiga que vem da indexação dos gastos definida pela própria Constituição, de 1988", disse.

Wichmann diz ainda que Brasil está em uma situação fiscal complicada, então os ativos brasileiros precificaram dois grandes prêmios de risco, "um prêmio de risco monetário que começou a surgir cada vez mais com o primeiro dissenso do Copom, aquele dissenso do Copom levou o mercado a questionar um pouco qual seria a função de reação do Banco Central, como é que o Banco Central se comportaria daqui pra frente. O mercado interpretou aquilo bastante mal, e teve primeiro um prêmio monetário que foi diminuído ao longo do tempo, inclusive pela própria última votação do Copom, onde você já teve um consenso", explica.

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O CIO da XP afirma ainda que a diminuição da incerteza monetária, após a decisão em consenso da última reunião, voltou a ser superada pela incerteza fiscal. "É uma incerteza que para sobre todos nós, porque o que existe é que o crescimento das despesas obrigatórias coloca o nosso orçamento em trajetória de choque com as metas fiscais definidas pelo próprio arcabouço.", diz.

Outro ponto destacado por Wichmann no primeiro semestre foi a discussão sobre quando o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) iria iniciar o processo de corte de juros. "O que a gente viu no primeiro semestre foi uma grande discussão sobre o custo de capital no mundo. O que é o custo de capital no mundo? Qual que é a taxa de juros de 10 anos do governo norte-americano? Isso aqui dita preço de ativo no mundo inteiro, isso aqui dita preço de ativo de renda fixa no Brasil", afirma.

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