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Endividamento dos brasileiros sobe em agosto ao maior índice da série da CNC

O endividamento dos brasileiros subiu ligeiramente em agosto, para 67,5%, resultado 0,1 ponto porcentual acima do mês anterior, atingindo o maior índice da série história da Confederação Nacional do Comércio (CNC), iniciada em janeiro de 2010. Segundo a C

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.09.2020, 11:25:00 Editado em 03.09.2020, 11:32:27
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O endividamento dos brasileiros subiu ligeiramente em agosto, para 67,5%, resultado 0,1 ponto porcentual acima do mês anterior, atingindo o maior índice da série história da Confederação Nacional do Comércio (CNC), iniciada em janeiro de 2010. Segundo a CNC, na comparação anual a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o endividamento no mês de agosto também se mostrou acima do mesmo mês de 2019 em 2,7 pontos porcentuais.

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A Peic é apurada mensalmente pela CNC. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.

A proporção das famílias que se declararam muito endividadas caiu para 14,6%, a primeira queda desde janeiro deste ano. Na comparação anual, porém, ainda registra alta, embora menos expressiva, de 0,8 ponto porcentual, informou a CNC.

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Especificamente entre as famílias de menor renda, o endividamento continua crescendo, informa a entidade. Para as que recebem até 10 salários mínimos, o porcentual alcançou novo recorde na série em agosto (69,5%, contra 69% em julho e 66,1%, em agosto de 2019). No caminho inverso, entre as famílias com renda acima de 10 salários, esta mesma proporção diminuiu para 57,8% em agosto, ante 59,1% em julho, e 59,2% em agosto de 2019.

O total de famílias com dívidas ou contas em atraso aumentou de 26,3%, em julho, para 26,7% em agosto, atingindo a maior proporção desde março de 2010. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a proporção cresceu 2,4 pontos porcentuais.

Por outro lado, analisa a CNC, a parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes manteve-se praticamente estável em agosto, passando de 12%, em julho, para 12,1%. No mesmo período de 2019, o indicador havia alcançado 9,5%.

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De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, as famílias com maior renda têm aumentado a poupança em detrimento do consumo, principalmente de serviços, enquanto a necessidade de crédito segue maior para as famílias com renda mais baixa.

"Os benefícios emergenciais têm impactado positivamente o consumo, especialmente dos itens considerados essenciais, e auxiliado o pagamento de despesas, ainda que parcialmente, entre os brasileiros de menor renda", afirma Tadros. "As transferências emergenciais, conjuntamente às taxas de juros baixas e à inflação controlada em níveis também historicamente menores, são fatores que favorecem o crédito e o poder de compra dos consumidores", concluiu.

Embora mais endividados, os brasileiros diminuíram a parcela média da renda comprometida com dívidas em agosto, favorecendo a capacidade de pagamento. Entre as famílias endividadas, 21,4% afirmaram ter mais da metade da renda mensal comprometida com o pagamento destas dívidas.

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"É a terceira queda mensal consecutiva do indicador, que, após ter alcançado 22,4% em abril, a maior proporção desde dezembro de 2017, passou a cair a partir de junho", aponta Izis Ferreira, economista da CNC, responsável pela pesquisa.

Nas famílias com renda até 10 salários, o porcentual das que afirmam ter mais da metade da renda comprometida com dívidas diminuiu de 22,4%, em julho, para 22,2% em agosto, enquanto manteve-se estável em 17,1%, na passagem mensal, para as famílias com mais de 10 salários/mês.

O cartão de crédito, historicamente apontado pelas famílias como a principal modalidade de endividamento, foi o único que apresentou crescimento mensal, subindo para 77,8%. Em segundo lugar, aparecem os carnês (17,3%) e o financiamento de veículos (10,6%).

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