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Empresas usam de teses para não cumprir obrigações tributárias, diz secretário do Tesouro

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta sexta-feira, 31, que é dever do Estado combater teses jurídicas criadas pelas empresas para pagar menos impostos. Segundo ele, "é dever do Estado inibir esses comportamentos". Ceron estimou qu

Antonio Temóteo (via Agência Estado)

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Escrito por Antonio Temóteo (via Agência Estado)
Publicado em 31.03.2023, 15:44:00 Editado em 31.03.2023, 15:49:39
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O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta sexta-feira, 31, que é dever do Estado combater teses jurídicas criadas pelas empresas para pagar menos impostos. Segundo ele, "é dever do Estado inibir esses comportamentos". Ceron estimou que as compensações tributárias cresceram R$ 100 bilhões nos últimos três anos, o que reduziu as receitas da União. As declarações foram feitas durante transmissão online da corretora Warren Rena.

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Ceron também afirmou que parte do déficit fiscal no País decorre de uma renúncia tributária que equivale a 1,5% do PIB. Ele afirmou que o teto de gastos, que limitava o crescimento da despesa não olhava para a receita. Com isso, era criado um incentivo para renuncia de receitas, o gerou uma pressão considerada pelo secretário insustentável para 2023.

"Quem usa de manobras para pagar menos impostos, é dever do Estado para inibir esses comportamentos. As compensações tributárias cresceram mais de R$ 100 bi nos últimos três ano. Muitas empresas usam de teses para não cumprir suas obrigações tributárias. É dever do Estado combater isso", disse ele.

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Ceron voltou a afirmar que o Ministério da Fazenda anunciará na próxima semana medidas fiscais para aumentar a arrecadação de 2023 em até R$ 150 bilhões. Ele explicou que essas medidas são importantes para que o governo cumpra a meta de terminar um ano com um déficit público equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

"O objetivo do arcabouço fiscal é trazer previsibilidade e estabilidade fiscal para o País. O compromisso primário pelos próximos anos é importante para essa previsibilidade. O anúncio da próxima semana sinaliza compromisso com superávit e recuperação da carga fiscal. As metas são críveis", disse ele.

O secretário do Tesouro ainda afirmou que é complicado para os agentes econômicos não saber "para onde vai o fiscal". Segundo ele, essa falta de previsibilidade trava investimentos e afugenta investimentos.

Ceron também voltou a afirmar que não está em estudo aumento da base tributária e que as receitas perdidas com a desoneração do IPI fazem falta "em um momento como o atual", disse ele, após declarar que os Ministérios da Fazenda e do Planejamento têm ótima relação.

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