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Empresas nacionais entram em outros países com auxílio de fundos

Sem tradição em expansão para o exterior, grupos brasileiros de diferentes setores têm aos poucos testado o apetite de consumidores em mercados internacionais. De marcas de cosméticos como Skala e Prestige, passando pela tradicional tubos Tigre, a nomes d

Cristiane Barbieri e Aline Bronzati (via Agência Estado)

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Escrito por Cristiane Barbieri e Aline Bronzati (via Agência Estado)
Publicado em 10.06.2024, 07:25:00 Editado em 10.06.2024, 07:33:33
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Sem tradição em expansão para o exterior, grupos brasileiros de diferentes setores têm aos poucos testado o apetite de consumidores em mercados internacionais. De marcas de cosméticos como Skala e Prestige, passando pela tradicional tubos Tigre, a nomes de TI como CI&T e Scanntech, companhias até então com atuação doméstica começam a colocar os pés fora do Brasil com a ajuda de fundos de private equity, que compram participações em empresas.

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"Internacionalização é um dos pilares que a gente olha na hora de fazer uma aquisição", diz Rogério Cafruni, chefe de criação de valor do portfólio da Advent International. "É claro que depende muito da empresa e da área em que ela atua, mas temos uma visão muito clara de quais são as hipóteses de criação de valor antes de executar o negócio, e ir para o exterior é uma delas."

O Warburg Pincus está mapeando em seu portfólio global, neste momento, casos de sucesso de empresas que fizeram esse movimento para identificar melhores práticas e adotá-las em companhias nas quais investiram e que tenham essa necessidade. "A internacionalização de companhias brasileiras é bastante recente e foi puxada sobretudo por clientes que têm operações em outros países e pediram que os atendessem também nesses mercados", afirma Frances Fukuda, responsável pela área de criação de valor da Warburg Pincus no Brasil.

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Para Carlos Penteado Braga, coordenador do centro de inovação e ESG da Fundação Dom Cabral (FDC), esse é um dos principais motivos que levam empresas brasileiras ao exterior. Os outros são encontrar demanda forte lá fora por causa da aderência de algum produto, e bater no teto de crescimento do mercado doméstico, quando se começa a ter problemas com as autoridades concorrenciais. "É uma dinâmica parecida com a que acontece nos Estados Unidos e bem diferente da Europa, onde as companhias já nascem olhando para fora."

Com mais de US$ 90 bilhões em ativos pelo mundo, a Advent tem propósitos bastante específicos em sua estratégia de internacionalização de empresas. Segundo Cafruni, ter presença em mercados maduros reduz a instabilidade de negócios que dependem de países em desenvolvimento, mais suscetíveis a altas e baixas inesperadas da economia.

"Uma empresa que é só brasileira tem um nível de volatilidade muito maior do que a média", afirma ele. "Ter um pedaço da receita em moeda forte, em locais em que se pode atrair potenciais compradores que provavelmente não querem estar só suscetíveis ao peso do Brasil, é bastante interessante."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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