O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou que, a partir desta terça-feira, 11, empresas afetadas pela tragédia no Rio Grande do Sul poderão solicitar crédito em uma das linhas especiais da instituição. As linhas de crédito já haviam sido anunciadas pelo Ministério da Fazenda, no fim de maio.
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 10, seis bancos já comunicaram que vão aderir às linhas de crédito, entre eles o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), o Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (Badesul), o Banrisul, o Bradesco, a Cresol e a Sicredi, estas duas últimas cooperativas de crédito.
Segundo Mercadante, essas instituições financeiras já poderão receber propostas na terça. As linhas de crédito devem ser liberadas em 21 de junho. "Os recursos precisam chegar na ponta o mais rápido possível", disse Mercadante, que acrescentou que a demanda é "inédita" para os bancos. "Empresários precisam procurar gerentes de forma direta, isso acelerará a liberação."
São R$ 15 bilhões do BNDES aplicados nessas linhas de crédito, que terão duração de um ano. Segundo Mercadante, o governo fará avaliações semanais.
Para obter esses créditos, os empresários devem ter operações em um dos 70 municípios em estado de calamidade pública. Também será necessário declarar as perdas com as enchentes. Será possível escolher uma das três linhas: para reaquisição de máquinas e equipamentos, para reconstrução de estruturas e para capital de giro.
O valor máximo para máquinas e equipamentos é de R$ 300 milhões, com taxa de 0,6% a.m.; para reconstrução, R$ 300 milhões, com taxa de 0,6% a.m.; e para capital de giro, R$ 400 milhões, com taxa de 0,9% a.m., informou o presidente do BNDES.
Segundo Mercadante, pessoas jurídicas de todos os portes poderão demandar créditos. Além disso, pessoas físicas como produtores rurais, transportadores e empresários individuais também estão aptos para solicitar a linha.
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