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Embate entre Embraer e metalúrgicos após demissões deve parar na Justiça

A Embraer recebeu um "não" do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos sobre sua proposta para por fim ao embate com a categoria após a demissão de cerca de 2.500 colaboradores. O ajuste na folha, alega a empresa, veio com a grave crise provocada

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.09.2020, 16:50:00 Editado em 08.09.2020, 16:55:42
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A Embraer recebeu um "não" do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos sobre sua proposta para por fim ao embate com a categoria após a demissão de cerca de 2.500 colaboradores. O ajuste na folha, alega a empresa, veio com a grave crise provocada pela pandemia, assim como o fracasso do acordo com a Boeing envolvendo o segmento de jatos comerciais. Sem acordo, a categoria promete agora entrar na Justiça para reverter as demissões.

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Os desligamentos, segundo cálculos da entidade, consideram tanto as 1,6 mil dispensas dentro de um programa de demissão voluntário, cuja validade é posta em xeque pela categoria, que aponta assédio para a adesão, além de um anúncio feito pela Embraer na semana passada confirmando a demissão de 900 outros profissionais.

A categoria se reuniu nesta terça-feira com a empresa em audiência de mediação no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região.

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A Embraer, em nota, criticou a postura dos sindicalistas. "O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos se manteve intransigente, recusou a proposta e nem mesmo se dispôs a levá-la para apreciação dos metalúrgicos através de assembleia", disse.

A fabricante brasileira jogou sobre a mesa a extensão dos benefícios de assistência médica e auxílio-alimentação aos colaboradores desligados.

Do outro lado, o sindicato exige que todas as demissões sejam revertidas. Eles demandam um ajuste nas remunerações de diretores e propuseram a adoção de um teto salarial na fábrica equivalente à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal, no valor de R$ 39.200.

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"Hoje, o teto na Embraer é de R$ 2.170.666,62 mensais, pago a um conselheiro", diz o sindicato, em nota. O valor economizado com a medida, defendem, seria suficiente para manter os empregos.

Em nota, os sindicalistas disseram que a empresa teria admitido que não negociou as demissões com o sindicato, o que iria na contramão das orientações dos tribunais. No dia do anúncio das 900 demissões na Embraer, na última quinta-feira, o sindicato tinha uma reunião com os executivos da empresa.

Simultaneamente à audiência, o sindicato disse que os trabalhadores realizaram uma assembleia presencial e autorizaram o Sindicato a entrar com uma ação judicial para buscar o cancelamento das demissões.

"O posicionamento da Embraer na audiência não nos surpreendeu. A empresa sempre foi intransigente e nunca demonstrou qualquer preocupação com os empregos e direitos dos trabalhadores. Agora a situação é ainda mais grave e desumana, considerando-se este cenário de pandemia", afirma o diretor do Sindicato, Herbert Claros.

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