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Em dia de agenda fraca, dólar cai 0,50%, a R$ 4,9734, com exterior e realização de lucros

O dólar à vista abriu a semana em baixa no mercado doméstico de câmbio, em dia de valorização das commodities e enfraquecimento global da moeda norte-americana. Operadores relataram entrada de fluxo comercial e ajustes para realização de lucros. Investido

Antonio Perez. Com Cícero Cotrim (via Agência Estado)

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Escrito por Antonio Perez. Com Cícero Cotrim (via Agência Estado)
Publicado em 25.03.2024, 17:41:00 Editado em 25.03.2024, 17:47:04
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O dólar à vista abriu a semana em baixa no mercado doméstico de câmbio, em dia de valorização das commodities e enfraquecimento global da moeda norte-americana. Operadores relataram entrada de fluxo comercial e ajustes para realização de lucros. Investidores já se movimentam para a rolagem de posições no segmento futuro na virada do mês e para a disputa pela formação da última taxa ptax de março, na quinta-feira, 28.

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Afora uma alta pontual pela manhã, quando chegou a superar o nível de R$ 5,00 na máxima (R$ 5,0064), a divisa trabalhou em queda ao longo do restante da sessão desta segunda-feira, 25.

Com mínima a R$ 4,9725, o dólar à vista fechou cotado a R$ 4,9734, em queda de 0,50%. Com o tombo desta segunda, a moeda praticamente zerou os ganhos no mês (+0,02%). Houve boa liquidez para um início de semana, com o contrato de dólar futuro para abril movimentando mais de US$ 11 bilhões.

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"O câmbio tem uma queda hoje, mas ainda está num nível bastante elevado. Parece mais um movimento de correção, dado que semana passada houve uma pressão mais significativa com as decisões do Federal Reserve e do Copom", afirma a economista do Ouribank Cristiane Quartaroli, ressaltando que a alta das commodities teve efeito positivo sobre o desempenho de divisas emergentes.

As apostas em torno dos rumos da política monetária nos Estados Unidos e no Brasil devem continuar a guiar os negócios nos próximos dias. Aqui, saem na terça-feira, 26, o IPCA-15 de março e a ata do encontro Copom na semana passada.

Espera-se que o colegiado do Banco Central esmiúce as incertezas que o fizeram mudar seu "foward guidance", passando a indicar corte da Selic em 0,50 ponto porcentual em sua "próxima reunião", em vez de nas "próximas reuniões", como constava em seus comunicados anteriores.

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Nos Estados Unidos, será divulgada na quinta-feira, 28, a terceira leitura do PIB no quarto trimestre de 2023. Na sexta-feira, 29, quando os mercados estarão fechados em razão do feriado de Sexta-feira Santa, sai o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), medida de inflação preferida pelo Federal Reserve.

Lá fora, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar em relação a seis divisas fortes - operou em baixa, graças à recuperação do euro, mas ainda se manteve em níveis elevados, acima dos 104,000 pontos.

Parte da força da moeda norte-americana na semana passada foi atribuída à tentativa do governo chinês de depreciar o yuan, movimento que não se repetiu nesta segunda-feira, abrindo espaço para recuperação de divisas emergentes e de países exportadores de commodities, com o real e o peso mexicano na liderança.

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O presidente da do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, reiterou nesta segunda-feira sua expectativas de que o BC norte-americano promova apenas uma redução da taxa de juros em 2024. Na noite da última sexta-feira, Bostic revelou que havia alterado sua expectativas em relação aos juros nos EUA neste ano, de duas reduções de 25 pontos-base para um único corte de 25 pontos, em razão da inflação persistente e de desempenho mais forte que o esperado da economia do país.

O Banco Inter aumentou as suas projeções para a cotação do dólar no fim de 2024, de R$ 4,85 para R$ 4,90, e de 2025, de R$ 4,85 para R$ 4,95. Em relatório, a casa cita a perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos, com cortes só a partir de junho, como gatilho da revisão.

"O cenário voltou a ser de maior incerteza com relação à trajetória da inflação americana, com a atividade ainda aquecida, principalmente o mercado de trabalho", afirma a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, acrescentando que os juros mais altos lá fora já tiveram impacto no câmbio de países emergentes.

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