O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central repetiu que continua a avaliar como apropriado que o ciclo de afrouxamento da taxa Selic ocorra no ritmo de 0,50 ponto porcentual "nas próximas reuniões". Mais uma vez, a sinalização foi unânime entre os nove componentes da diretoria do BC, contando com o presidente Roberto Campos Neto.
O comitê reduziu hoje a taxa Selic pela segunda vez neste ciclo, adotando o mesmo passo de agosto, de 0,50 ponto porcentual, com os juros caindo de 13,25% para 12,75%.
"Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões", disse o Copom no comunicado.
O colegiado ainda reafirmou que considera o ritmo de queda de 0,50pp "apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário". No texto, o Copom também não deu novas dicas sobre o tamanho total do ciclo de afrouxamento monetário.
"O Comitê ressalta ainda que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos."
Segundo o BC, a conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação que ainda mostram reancoragem parcial, "demanda serenidade e moderação na condução da política monetária". O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", repetiu.
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