Mais uma vez, o início da operação da usina nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro, foi adiado. Segundo apresentação do Eletrobras Day, que está sendo realizado nesta quarta-feira em São Paulo, o novo prazo é junho de 2029, prorrogando por mais um ano a expectativa da entrada da unidade, que será a terceira usina nuclear do País, com capacidade instalada de 1,4 gigawatts (GW).
Segundo a Eletrobras, que apesar de privatizada continuou sócia da Eletronuclear, controladora de Angra 3, o orçamento será concluído este mês e até março de 2024 será definido o novo preço da usina, quando será feita a seleção da empresa para a finalização da obra que será iniciada em maio de 2025.
As obras de Angra 3 começaram em 1984 e foram interrompidas em vários governos, sendo a última vez em 2015 por indícios de corrupção nas contratações, com 70% da obra pronta. No ano passado, a Eletronuclear começou as obras civis, o chamado caminho crítico. A preparação para o reinício da concretagem se iniciou em fevereiro deste ano, com a assinatura de contrato com o consórcio Agis, composto pelas empresas Ferreira Guedes, Matricial e ADtranz. Nos últimos meses, o canteiro de obras foi preparado.
Ainda segundo a Eletrobras, estão em discussão com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a modelagem do Capex e funding de recursos para a conclusão do empreendimento; a estratégia para minimizar o impacto de variações cambiais; e uma tarifa de equilíbrio.
O Eletrobras Day é um evento fechado para acionistas selecionados pela empresa. A apresentação foi arquivada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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