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Economistas veem risco de pressão cambial no Brasil, se Fed levar mais tempo para cortar juros

Economistas premiados nesta terça-feira, 9, pelo Banco Central por seus acertos nas previsões de indicadores econômicos no ano passado apontaram riscos de o Federal Reserve - Fed, o banco central dos Estados Unidos - levar mais tempo para iniciar o corte

Eduardo Laguna, Marianna Gualter e Francisco Carlos de Assis (via Agência Estado)

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Escrito por Eduardo Laguna, Marianna Gualter e Francisco Carlos de Assis (via Agência Estado)
Publicado em 09.04.2024, 11:25:00 Editado em 09.04.2024, 11:32:20
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Economistas premiados nesta terça-feira, 9, pelo Banco Central por seus acertos nas previsões de indicadores econômicos no ano passado apontaram riscos de o Federal Reserve - Fed, o banco central dos Estados Unidos - levar mais tempo para iniciar o corte de juros. A consequência, caso esse cenário se confirme, será uma valorização excessiva do dólar, com pressão sobre a inflação no Brasil.

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Segundo o estrategista-chefe da Warren Investimentos, Sérgio Goldenstein, um dos premiados do Top 5 da pesquisa Focus, o maior risco cambial seria um adiamento para o fim do ano do relaxamento monetário nos Estados Unidos. Se o Fed promover apenas um ou dois cortes, ou nenhum, como alguns já preveem, haverá uma valorização adicional do dólar.

Para o economista, outro risco, pouco precificado, seria a escalada do conflito no Oriente Médio. Para Goldenstein, a eleição americana é um risco menor, pois o candidato republicano Donald Trump não é visto como uma surpresa. O estrategista-chefe da Warren observou que Trump não foi "tão protecionista" em seu primeiro mandato na Casa Branca.

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Gerente de núcleo da Previ, Ricardo Bastos disse que trabalha hoje com um cenário de "no landing", com crescimento de 2% da economia americana este ano. A expectativa dele é de que a redução dos juros nos Estados Unidos comece em julho, com três cortes até o fim do ano. Bastos ponderou, no entanto, a possibilidade de um cenário alternativo, no qual o Fed faria apenas dois cortes a partir de setembro.

O economista-chefe da Citrino Gestão de Recursos, Rai Chicoli, comentou que o aguardado início do ciclo de afrouxamento monetário vem sendo adiado, dada a desinflação mais lenta. A avaliação é de que o Fed ainda aguarda uma desaceleração no mercado de trabalho, da qual depende a última linha do processo de convergência de inflação à meta. "Vemos os salários desacelerando, mas continuam em nível consistente", afirmou.

Para Chicoli, existe um risco, que ganhou força, de reaceleração da inflação nos Estados Unidos, o que levaria o Fed a manter os juros altos por mais tempo ou até mesmo a voltar a elevar a taxa.

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