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Economistas veem otimismo exagerado no mercado quanto ao ritmo de cortes de juros do Fed

A renovada aposta de investidores por um relaxamento monetário agressivo nos Estados Unidos contraria a avaliação de economistas. Analistas, no geral, concordam que o ciclo de aumento de juros terminou, mas consideram improvável que o Federal Reserve (Fed

André Marinho (via Agência Estado)

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Escrito por André Marinho (via Agência Estado)
Publicado em 04.12.2023, 17:49:00 Editado em 04.12.2023, 17:56:35
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A renovada aposta de investidores por um relaxamento monetário agressivo nos Estados Unidos contraria a avaliação de economistas. Analistas, no geral, concordam que o ciclo de aumento de juros terminou, mas consideram improvável que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) entregue um corte acumulado de 1,25 ponto porcentual a partir de março, conforme sugere a curva futura.

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Embora o presidente do banco central americano, Jerome Powell, tenha evitado declarar vitória prematura contra a inflação, os rendimentos dos Treasuries recuaram a mínimas em mais de três meses na última sexta-feira. O ímpeto se reverteu nesta segunda-feira, enquanto crescem os questionamentos quanto à posição do mercado.

Principal assessor econômico da Allianz, Mohamed El-Erian acredita que o Fed reduzirá a taxa básica no ano que vem, mas adotará uma postura mais cautelosa do que operadores esperam. "A não ser que você acredite que os EUA entrarão em recessão, e se você acredita que haverá recessão, as ações não deveriam estar onde estão. Acho que o Fed será muito cauteloso", afirmou, em entrevista à CNBC.

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A Oxford Economics também enxerga "otimismo exagerado" nas expectativas vigentes nas mesas de operações. Para a consultoria britânica, o arrefecimento dos preços de energia se tornarão menos relevante para as perspectivas inflacionárias e cederão espaço para as perspectivas do mercado de trabalho.

Assim, a instituição projeta apenas dois cortes de juros do Fed em 2024, com o primeiro no terceiro trimestre. "Nossa previsão aponta para uma desaceleração do crescimento no 1º semestre de 2024, seguido por uma moderação adicional nas contratações e no crescimento salarial no segundo semestre, antes que o Fed se sinta confortável o suficiente para aliviar as taxas", destaca.

O Barclays se diz "cético" em relação à ideia de que o ritmo firme de retração inflacionária se sustentará, uma vez que o mercado de trabalho permanece forte e a demanda agregada, robusta. Para o banco britânico, a diminuição inaugural da taxa básica do Fed virá apenas em dezembro.

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