MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Economistas dizem que desafio fiscal é grande e freia otimismo com juros

As dúvidas sobre a eficácia da estratégia do governo para controlar as contas públicas e um cenário inflacionário ainda desafiador são pontos que tornam difícil projetar um horizonte para a trajetória das taxas de juros no País. Esse foi o cenário em torn

Eduardo laguna (via Agência Estado)

·
Escrito por Eduardo laguna (via Agência Estado)
Publicado em 15.09.2023, 07:58:00 Editado em 15.09.2023, 08:02:45
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

As dúvidas sobre a eficácia da estratégia do governo para controlar as contas públicas e um cenário inflacionário ainda desafiador são pontos que tornam difícil projetar um horizonte para a trajetória das taxas de juros no País. Esse foi o cenário em torno do qual se deu o debate, nesta quinta-feira, 14, durante o 3.º Seminário de Análise conjuntural promovido pela FGV em parceria com o

continua após publicidade
Estadão

. Com a inflação ainda fora da meta central nas previsões de mercado e o combate a ela longe de terminar, o chefe do Centro de Estudos Monetários do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), José Júlio Senna, disse considerar difícil o ciclo de redução da Selic terminar com a taxa abaixo de 10%. Ele observou que os questionamentos sobre a capacidade de o governo de equilibrar receitas e despesas mantêm os juros dos títulos com vencimento mais longo na média histórica, embora o risco país esteja abaixo da média. "Isso significa que os participantes do mercado estão exigindo o que sempre exigiram. Não é uma situação confortável e enquanto houver incertezas sobre as contas públicas a coisa pode se agravar", disse o economista, mostrando-se cético em relação a uma Selic em um dígito ao fim do atual ciclo de flexibilização monetária.

'Falsa solução'

Pesquisador associado do Ibre/FGV, Armando Castelar considerou que a opção do governo por buscar o equilíbrio das contas públicas por meio de medidas de aumento de arrecadação representa uma "falsa solução", com impacto negativo no crescimento. "A forma como estão sendo resolvidas questões de natureza política, seja a aprovação da reforma tributária, seja a questão fiscal via aumento de carga tributária, é bastante ruim do ponto de vista de crescimento do País", disse, observando que o aumento de carga de impostos significa menos produtividade, mais informalidade e menor crescimento. "É uma falsa solução", disse Castelar. Coordenadora do Boletim Macro do Ibre/FGV, Silvia Matos disse que não consegue ver no horizonte a volta dos superávits primários, bem como a redução dos juros de rolagem da dívida. "Todo o processo de redução da dívida depende da recuperação do superávit primário e de juros de rolagem da dívida mais baixos. Não conseguimos ver esses dois componentes no radar. Basicamente, a dívida vai subir", comentou a economista. As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Economistas dizem que desafio fiscal é grande e freia otimismo com juros"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!