MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Economia baixa para R$ 831,8 bi projeção de rombo nas contas do governo em 2020

O Ministério da Economia publicou nesta terça-feira, 22, apresentação com uma série de dados sobre os impactos fiscais das medidas de enfrentamento da covid-19 no Brasil e estimou em R$ 831,8 bilhões o rombo nas contas públicas do governo neste ano.A prev

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 22.12.2020, 15:38:00 Editado em 22.12.2020, 17:31:52
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O Ministério da Economia publicou nesta terça-feira, 22, apresentação com uma série de dados sobre os impactos fiscais das medidas de enfrentamento da covid-19 no Brasil e estimou em R$ 831,8 bilhões o rombo nas contas públicas do governo neste ano.

continua após publicidade

A previsão anterior, de novembro, era que o chamado déficit primário (quando as despesas superam as receitas antes do pagamento dos juros da dívida) do governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) ficasse em R$ 844 bilhões.

Conforme o ministério, o déficit primário estimado para o setor público (englobando as contas de Estados, municípios e estatais) em 2020 é de R$ 844,2 bilhões, o equivalente a 11,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

continua após publicidade

Esses cálculos estão baseados numa expectativa de retração de 4,5% do PIB em 2020.

ara este ano, o governo tinha autorização para registrar em suas contas um déficit primário de até R$ 124,1 bilhões. Com o decreto de calamidade pública, proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso Nacional devido à pandemia do novo coronavírus, porém, o governo não está mais obrigado a cumprir a meta, ou seja, está autorizado a gastar mais.

As medidas adotadas pelo governo federal para minimizar o impacto da pandemia de coronavírus sobre a economia doméstica tiveram um impacto no resultado primário de R$ 620,5 bilhões.

continua após publicidade

De acordo com a pasta, o impacto primário para "salvar vidas" foi o maior, de R$ 374,2 bilhões, o que representou 60,3% do total. Para a geração de empregos, foram destinados R$ 140,8 bilhões (22,7%) e o repasse para Estados e prefeituras somou R$ 105,5 bilhões (17%).

Os auxílios emergenciais (cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300) foram responsáveis pela maior parte dos gastos, de R$ 321,8 bilhões. Já o auxílio financeiro emergencial a Estados e municípios teve impacto de R$ 60,2 bilhões. O benefício emergencial de manutenção de emprego para quem teve o salário reduzido ou o contrato suspenso teve custo fiscal de R$ 51,5 bilhões.

As medidas relacionadas ao Programa Nacional de Apoio às Microempresa e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foram responsáveis por um impacto fiscal de R$ 27,9 bilhões.

continua após publicidade

Dívida

Segundo o ministério, a estimativa para a Dívida Bruta do Governo Geral no fim deste ano é de 93,3% do PIB. O cálculo leva em conta um déficit primário de R$ 831,8 bilhões para o governo central e uma retração do PIB de 4,5% em 2020.

continua após publicidade

Os dados são consequência dos efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia brasileira. No fim de 2019, a dívida bruta estava em 75,8% do PIB.

A Dívida Bruta do Governo Geral - que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais - é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

Novas metas

O Ministério da Economia fixou metas fiscais para o governo central nos próximos anos. Para 2021, a meta fiscal é de déficit de R$ 247,12 bilhões, o que equivale a 3,16% do PIB. Esta meta já constou em ofício, encaminhado pelo ministério este mês ao Senado, para incluí-la no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano.

Na apresentação desta terça-feira, 22, o ministério cita ainda meta de déficit fiscal de R$ 178,93 bilhões em 2022 (2,14% do PIB) e de déficit fiscal de R$ 150,13 bilhões em 2023 (1,68% do PIB).

No documento, o ministério também afirma que a "continuidade da agenda de reformas é imprescindível para equilíbrio fiscal".

Pelas projeções oficiais do próprio ministério, as contas públicas brasileiras devem ficar no vermelho até a virada de 2026 para 2027, o que resultará numa sequência de pelo menos 13 anos de rombos sucessivos.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Economia baixa para R$ 831,8 bi projeção de rombo nas contas do governo em 2020"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!