O integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE) Peter Kazimir acredita que a autoridade deve esperar o verão do Hemisfério Norte antes de contemplar outro corte nas taxas de juros, já que a inflação está longe de ser derrotada e as pressões sobre os preços podem ressurgir. Em seu blog, nesta segunda-feira, 10, o dirigente escreveu que a "tão esperada redução das taxas de juro diretoras, a primeira desde setembro de 2019, marca um ponto de inflexão", e surgiu na sequência de expectativas reafirmadas de uma tendência desinflacionária gradual e contínua, com uma recuperação econômica constante.
"No outono, teremos muitas informações e dados novos sobre o desempenho da economia, a situação do mercado de trabalho e as perspectivas econômicas. Setembro será um mês crucial. Obteremos novas estimativas de inflação para este ano e para os próximos dois anos. Esse será o momento certo para reavaliar a nossa posição e decidir se precisamos de ajustar as nossas definições de política monetária. Em suma, cortar ou não as taxas", afirmou Kazimir, que também é presidente do Banco da Eslováquia.
"No geral, estou satisfeito com a nossa decisão da semana passada. Os dados atuais não sugerem que precisamos de pressa. Conhecemos o destino e estou confiante de que estamos caminhando nessa direção. Aguardarei os novos dados em setembro", disse o dirigente. "Se forem necessários mais ajustes, nós os faremos; se não, manteremos o curso", concluiu.
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