Dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Estônia, Madis Müller reiterou que ainda considera "muito cedo" para falar sobre cortes de juros na zona do euro. Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, 26, ele defende que a manutenção das taxas deve continuar nas próximas decisões de política monetária, como realizado na quinta-feira pela terceira vez consecutiva.
Na visão dele, os mercados financeiros esperam que a inflação desacelere neste ano para números próximos à meta de 2% e acreditam que, "uma vez que este problema for resolvido, o banco central não terá que manter os juros elevados".
"Há confiança demais de que pressão sobre os preços arrefeceu o suficiente. O núcleo da inflação ainda está próximo de 3,5% e os salários crescem em média 5% na zona do euro. Isso é inconsistente com a meta do banco central", pontuou Müller.
O dirigente, contudo, pondera que o aperto monetário está funcionando para enfraquecer a inflação, ao desacelerar o mercado de crédito e a atividade econômica.
Ele admite que a economia está "estagnada no momento" e prevê uma recuperação, embora não seja "claro o quão rápido" este processo deve se materializar.
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