O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou nesta terça-feira, 4, do Mercosul a apresentação de uma "resposta rápida e contundente" à carta adicional apresentada pela União Europeia para fechar um acordo comercial com o bloco sul-americano. O texto prevê sanções em caso de descumprimentos ambientais e é rechaçado pelo governo brasileiro. Ontem, o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, prometeu uma reação ao documento adicional da UE para os próximos dias.
Em discurso na Cúpula do Mercosul, Lula afirmou que a ofensiva dos europeus é inaceitável. "Parceiros estratégicos não negociam com base em desconfiança e ameaça de sanções", reiterou o presidente, que mais uma vez se posicionou de forma contrária à inclusão das compras governamentais no acordo comercial, uma exigência dos europeus.
"Não temos interesse em acordos que nos condenem ao eterno papel de exportadores de matérias-primas, minérios e petróleo", disparou Lula, em defesa de produtos de maior valor agregado no Mercosul.
"Retomaremos uma agenda externa ambiciosa para ampliar o acesso a mercados por nossos produtos de exportação. Estou comprometido com a conclusão do Acordo com a União Europeia, que deve ser equilibrado e assegurar o espaço necessário para adoção de políticas públicas em prol da integração produtiva e da reindustrialização", acrescentou o presidente.
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