Na mesma toada que outros países emergentes vêm defendendo durante reuniões multilaterais, o vice-presidente e titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse na manhã desta quinta-feira, 24, que é fundamental apoio técnico e financeiro de economias desenvolvidas para se chegar a um mundo mais justo.
"Como expressou o filósofo Hans Jonas, no princípio da responsabilidade é fundamental que as economias mais avançadas colaborem com o apoio técnico e financeiro para que os países em desenvolvimento possam acompanhar as transições que os tempos atuais exigem, sobretudo para a inclusão social e o enfrentamento da emergência climática", afirmou ele, durante abertura da reunião ministerial de Comércio e Investimentos do grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), que ocorre em Brasília.
Neste cenário, de acordo com ele, o G20 tem a oportunidade de liderar discussões que integrem o desenvolvimento sustentável, a transição para uma economia circular, com compromissos renováveis, com a sustentabilidade social e ambiental e a promoção do desenvolvimento sustentável. "Não é apenas uma prioridade, mas uma responsabilidade coletiva que transcende fronteiras e transcende gerações", considerou. "Sabemos que apenas o crescimento econômico equilibrado e inclusivo poderá ser um poderoso motor e transformação, ajudando a reduzir desigualdades e promover prosperidade em todas as regiões do mundo."
A cooperação internacional, continuou o ministro, é a chave para garantir que nenhum país seja deixado para trás. "O Brasil acredita firmemente que o G20 pode ser o catalisador desse progresso, impulsionando novos arranjos comerciais que garantam em todos os continentes a complementariedade e a integração econômica", defendeu, acrescentando que o cálculo da pegada de carbono e a eliminação de barreiras unilaterais no comércio são medidas prioritárias e, quando adotadas, permitirão que o comércio e os investimentos sejam os motores do desenvolvimento sustentável.
Alckmin afirmou também que o governo brasileiro convida todos a adotarem medidas cada vez mais efetivas para a inclusão de segmentos historicamente subrepresentados no comércio global, como o das mulheres. "No Brasil, o presidente Lula (Luiz Inácio Lula da Silva) definiu como prioritária a adoção de medidas que incentivam a participação das mulheres nas exportações, proporcionando treinamento, mentoria e acesso à rede de negócios internacionais", citou.
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