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Dólar vai R$ 5,52, maior nível desde novembro de 2022, com falas de Lula e pressão externa

Após a trégua da segunda-feira, 24, em que recuou para R$ 5,39, o dólar voltou a ser pressionado e chegou a bater R$ 5,52 - o maior número desde 17 de novembro de 2022. Às 11h50, a cotação estava em R$ 5,50, com alta de 0,90%. O Ibovespa, principal indica

Redação O Estado de S. Paulo (via Agência Estado)

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Escrito por Redação O Estado de S. Paulo (via Agência Estado)
Publicado em 26.06.2024, 13:13:00 Editado em 26.06.2024, 13:20:05
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Após a trégua da segunda-feira, 24, em que recuou para R$ 5,39, o dólar voltou a ser pressionado e chegou a bater R$ 5,52 - o maior número desde 17 de novembro de 2022. Às 11h50, a cotação estava em R$ 5,50, com alta de 0,90%. O Ibovespa, principal indicador da B3, caia 0,50%, para 121.715 pontos.

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Além da tendência externa de valorização, a moeda americana reflete também os efeitos das declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre gasto público e autonomia do Banco Central.

Em entrevista ao portal UOL, o presidente afirmou que o governo está fazendo uma análise sobre os gastos públicos para verificar se há exageros e desperdício em alguma área.

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Segundo ele, no entanto, essa avaliação ocorre sem considerar os humores do mercado. O presidente emendou ainda que há muitos outros países que gastam muito mais que o Brasil.

Lula afirmou ainda que não é possível desvincular o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas idosas e de baixa renda com deficiência, e as pensões da política de valorização do salário mínimo. "Não é (possível), porque não considero isso gasto, gente. A palavra salário mínimo é o mínimo que a pessoa precisa para sobreviver."

Para analistas, as falas do presidente colocam por terra uma das medidas que vendo sendo discutidas para equilibrar as contas públicas.

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Segundo especialistas, essas declarações acabam criando desconfiança em relação à condução das políticas econômicas do País, tanto a política fiscal quanto a política monetária.

Até as 10h15, a moeda brasileira exibia o segundo pior desempenho entre as moedas emergentes, atrás do peso colombiano.

Ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o analista de mercado da Stonex, Leonel Mattos, afirmou que o mercado está reagindo à aversão ao risco em relação aos ativos brasileiros.

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A aversão ao risco geralmente ocorre quando investidores estão preocupados com a estabilidade econômica e política do País, bem como com possíveis mudanças nas políticas econômicas que podem afetar os investimentos. "Há pessimismo e desconfiança em relação à condução das políticas fiscal e monetária, mas com maior peso para o fiscal", analisa.

Mercado internacional

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No mercado externo, no entanto, o dólar avança em especial frente ao euro, em meio a temores de que a extrema direita tenha ganhos significativos nas eleições legislativas da França, cujo primeiro turno está marcado para o fim de semana.

Além disso, o dólar atingiu o maior nível ante o iene desde 1986, cotado a 160,39 ienes.

Em nota, o Brown Brothers Harriman (BBH) observa que divergências entre juros continuam a apoiar o dólar, enquanto os mercados permanecem atentos à possibilidade de intervenção do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) no câmbio.

Na terça-feira, 25, o secretário-chefe do gabinete do Japão, Yoshimasa Hayashi, afirmou que o governo está monitorando de perto a volatilidade excessiva do iene e tomará medidas apropriadas para lidar com ela.

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