O dólar opera em baixa no mercado local na manhã desta terça-feira, 4, acompanhando a tendência externa, diante da melhora de humor. O corte de 1,66 milhão de barris por dia na produção de petróleo pela Opep+ foi absorvido na segunda-feira (3).
Os investidores analisam comentários da diretora de assuntos internacionais do Banco Central (BC), Fernanda Guardado, sobre política monetária. Além disso, nesta terça serão conhecidos dados nos Estados Unidos e discursos de diretores do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
A diretora do BC Fernanda Guardado afirmou ao jornal Valor Econômico que ainda não é possível antecipar quando será possível o início dos cortes da taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano. Analistas econômicos preveem o começo do processo de distensão monetária a partir de novembro próximo.
Perspectivas de manutenção de juros por longo período favorecem a atratividade de capitais estrangeiros para a renda fixa local bem como o alívio externo favorece compra de ações consideradas "descontadas" na B3, disse um operador de câmbio.
"Poderíamos pensar em cortes quando tivermos maior certeza do processo de convergência da inflação para a meta, quando tivermos maior confiança de que a inflação está evoluindo da maneira como esperamos", disse a diretora do BC. "Mas não é possível antecipar isso agora."
Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou detalhar o encontro que teve com o presidente do Banco Central, Campos Neto, dizendo que foi uma reunião de rotina e que foram discutidos vários temas. Havia expectativa de alguma sinalização de conversa sobre arcabouço fiscal ou política monetária. Haddad afirmou também ter levado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva cinco sugestões de nomes para ocupar as diretorias de Política Monetária e Fiscalização do Banco Central, mas negou que o chefe do Executivo tenha batido o martelo sobre os escolhidos. Nesta terça, o ministro participa de evento do Bradesco BBI (17h).
Às 9h24, o dólar à vista caía 0,22%, a R$ 5,0592, após fechar com viés de alta de 0,05% na véspera, quando interrompeu seis baixas consecutivas acumuladas em 4,18% no período. O dólar para maio recuava 0,18%, a R$ 5,080.
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