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Dólar tem quarta queda seguida e fecha semana em baixa de 2,42% ante o real

O dólar à vista encerrou o pregão desta sexta-feira, 23, na quarta baixa consecutiva, cotado a R$ 5,1662, em queda de 0,38%. Com o resultado, a divisa americana acumula recuo de 2,42% em relação ao real na semana e, no ano, cai 7,35%. A disparada dos preç

Cícero Cotrim (via Agência Estado)

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Escrito por Cícero Cotrim (via Agência Estado)
Publicado em 23.12.2022, 18:46:00 Editado em 23.12.2022, 18:50:08
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O dólar à vista encerrou o pregão desta sexta-feira, 23, na quarta baixa consecutiva, cotado a R$ 5,1662, em queda de 0,38%. Com o resultado, a divisa americana acumula recuo de 2,42% em relação ao real na semana e, no ano, cai 7,35%. A disparada dos preços de commodities e a redução da incerteza fiscal do País apoiaram a moeda brasileira ao longo da sessão, em meio à baixa liquidez na antevéspera do Natal.

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A divisa operou em queda durante todo o pregão. No meio do dia, chegou a testar a mínima de R$ 5,1199 (-1,27%), mas diminuiu as perdas em relação ao real ao longo da tarde. O movimento acompanhou o enfraquecimento global do dólar, em especial na comparação com moedas como o dólar australiano, peso do México e rand sul-africano, que ganharam terreno ante a moeda americana durante o pregão.

O quadro responde ao aumento dos preços de commodities registrado ao longo do dia e, sobretudo, à disparada do petróleo. O contrato futuro do Brent fechou o dia em alta de 3,69%, cotado a US$ 83,97 o barril, enquanto o WTI marcou ganhos superiores a 2,5% durante a sessão, após a Rússia anunciar um corte de até 7% da sua oferta da commodity em 2023.

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Para o chefe de câmbio da Trace Finance, Evandro Caciano, a redução das incertezas do cenário doméstico ainda é a principal responsável pelo fortalecimento do real. O profissional destaca que a resolução dos principais imbróglios fiscais para 2023 esta semana - com a promulgação da PEC da transição e a votação do Orçamento - permitiu o desmonte de posições defensivas no câmbio.

"Desde ontem, a apresentação do time de ministros e a definição da PEC da transição desenharam um movimento de calmaria nos mercados. Quando você olha o movimento, está acontecendo um desmonte de posições de hedge no dólar", diz Caciano. "O valor interno continua se sobrepondo ao externo, na mesma toada do Ibovespa, que também foi super bem."

O mercado ainda digeriu o IPCA-15 de dezembro, que mostrou inflação abaixo do esperado. Na agenda externa, destaque para a alta de 0,2% do PCE dos Estados Unidos, em linha com o consenso dos analistas consultados pelo Wall Street Journal.

Apesar do fortalecimento do real ao longo da semana, o Rabobank reiterou, em relatório, a expectativa de que a divisa americana avance neste final de ano e chegue ao fim de dezembro cotada a R$ 5,30, uma valorização de 2,6% em relação ao fechamento de hoje. Apesar dos fundamentos positivos para a moeda brasileira, o risco fiscal ainda deve pesar.

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