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Dólar tem novo dia volátil e fecha em alta com vacina e ruído fiscal

O dólar operou em momento distintos nesta terça-feira, 8, caindo pela manhã, com entrada de fluxo externo, até a mínima de R$ 5,06, e voltando a subir pela tarde, quando foi a R$ 5,13 e o real passou a operar descolado de seus pares, como o peso mexicano.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.12.2020, 18:42:00 Editado em 08.12.2020, 18:47:28
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O dólar operou em momento distintos nesta terça-feira, 8, caindo pela manhã, com entrada de fluxo externo, até a mínima de R$ 5,06, e voltando a subir pela tarde, quando foi a R$ 5,13 e o real passou a operar descolado de seus pares, como o peso mexicano. Profissionais das mesas de câmbio relatam que começou a pesar nas cotações um fator novo, as dúvidas sobre o processo de vacinação em massa no Brasil contra a covid-19, que ficaram aparentes na tarde de hoje após uma reunião do governo com governadores. Além disso, os ruídos fiscais voltaram desde ontem a ganhar força e crescem os temores sobre o encaminhamento do ajuste fiscal em 2021, hoje em meio à rumores de pressão para prorrogação do auxílio emergencial e do estado de calamidade. No fechamento, o dólar à vista terminou em alta de 0,15%, cotado em R$ 5,1275. O dólar futuro para janeiro encerrou com alta de 0,32%, a R$ 5,1165.

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Operadores ressaltam que a indefinição sobre a vacinação e o ajuste fiscal acabaram ajudando a desencadear um movimento de realização de ganhos, após as quedas recentes do dólar, que até ontem no início da tarde chegavam a 7% em 30 dias. A liquidez mais fraca do mercado desde ontem contribuiu para a maior volatilidade, destaca o chefe da mesa de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem.

"A gente fica surpreso que o Brasil não consiga apresentar um plano que ataque o fiscal de maneira crível", destaca o gestor Carlos Woelz, da Kapitalo. "O governo não está falando como vai ser o ajuste e tem ainda discussão atual de aumentar os gastos", disse ele em evento do Itaú hoje. Woelz vê que o real subvalorizado, em alguns casos, 20%, considerando diversas métricas, como o diferencial de juros e a balança de pagamentos. Mas para a moeda brasileira voltar para preços mais justos, o ponto principal é a melhora fiscal. "Precisa ter apenas um plano e vontade de seguir o plano."

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O sócio da Verde Asset Management, Luis Stuhlberger, no mesmo evento, destaca que a questão fiscal é um limitador para a melhora do real, com dólar ainda operando acima do preço justo no Brasil, que seria na casa dos R$ 4,20. Para o gestor, o presidente Jair Bolsonaro acaba ficando "premido" para gastar mais, ainda que seja para furar de forma temporária o teto de gastos. Mas Stuhlberger alerta que se o governo furar o teto em 2021 seria muito ruim, mesmo que isso seja feito de forma provisória. Neste caso, a depreciação cambial se acentuaria, levando os juros mais longos para patamar superior ao atual, que já estão altos. "O Brasil sempre foi muito gastador."

Além da questão fiscal, um plano de vacinação para o coronavírus no Brasil começou a entrar no radar dos investidores, num momento em que outros países começam seus processos. O Reino Unido deu a largada hoje. O estrategista-chefe de investimento na América Latina da BlackRock, Axel Christensen avalia que a distribuição eficiente da vacina contra a doença deve estimular uma recuperação do crescimento das diversas economias, por isso a importância do tema. "As notícias positivas sobre as vacinas são importante divisor de águas", afirmou o estrategista da BlackRock.

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