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Dólar tem maior queda semanal desde novembro com BC e PEC

A estratégia mais ativa de intervenção do Banco Central no câmbio fez o dólar cair 2,18% nesta semana. Foi a maior desvalorização desde a última semana de novembro de 2020. A aprovação da PEC Emergencial também ajudou, enquanto a assinatura do pacote fisc

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.03.2021, 18:52:00 Editado em 12.03.2021, 18:59:46
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A estratégia mais ativa de intervenção do Banco Central no câmbio fez o dólar cair 2,18% nesta semana. Foi a maior desvalorização desde a última semana de novembro de 2020. A aprovação da PEC Emergencial também ajudou, enquanto a assinatura do pacote fiscal nos Estados Unidos, de US$ 1,9 trilhão, do presidente norte-americano, Joe Biden, teve efeitos mistos. Primeiro, fez a moeda a cair ante pares fortes e emergentes, diante da perspectiva de mais liquidez e crescimento na economia americana. Mas nesta sexta-feira fortalece a divisa dos Estados Unidos, inclusive ante o real, ao elevar o temor dos participantes do mercado de que o crescimento maior trará alta da inflação e a possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ter de subir os juros mais cedo que o esperado.

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Por isso, o dólar subiu ante o real nesta sexta mesmo com leilão extra do Banco Central, de US$ 750 milhões. Mas a moeda do Brasil acabou tendo desempenho melhor que outras emergentes. A divisa americana subiu 1,31% na Turquia e 0,88% na África do Sul, enquanto ante o real fechou a sexta-feira com alta de 0,30%, cotado em R$ 5,5597. No mercado futuro, o dólar para abril subiu 0,26%, a R$ 5,5575.

Apesar da melhora desta semana, a dúvida é se o real vai conseguir recuperar terreno de forma sustentada, avalia a analista de moedas e mercados emergentes do Commerzbank, Melanie Fischinger.

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Um novo ponto de incerteza ao já incerto cenário local foi a volta ao jogo político do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que traz preocupação com o avanço das reformas fiscais de Jair Bolsonaro, que pode querer medidas mais populistas. Para a semana que vem, é esperada a primeira alta de juros em vários meses pelo Banco Central, que pode dar algum alívio ao câmbio, mas a analista avalia que pode não ser suficiente para uma recuperação mais forte do real.

Os próximos passos do BC, após quatro leilões extraordinários desde a quarta, vendendo US$ 3,2 bilhões, também permanecem incertos. "Certamente o que chamou mais atenção na semana foram as atuações de venda de moeda estrangeira (spot e swap) pelo BC em momentos de apreciação do real em relação aos seus pares, o que não é usual", comenta a economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, em relatório.

Ainda não está claro se foram atuações atípicas pontuais, ou se daqui para frente o BC será mais proativo no mercado de câmbio, avalia ela. Sobre a PEC Emergencial, apesar de desidratação relevante, ainda assim, o texto traz avanços para o reequilíbrio fiscal de médio e longo prazo.

Com o cenário global mais desafiador e incertezas domésticas, o Itaú elevou nesta sexta a previsão para o dólar, prevendo a moeda em R$ 5,30 ao final do ano e R$ 5,50 em 2021, de estimativa anterior em R$ 5,00 para os dois anos. "O mercado está se ajustando à perspectiva de retirada de estímulos monetários nos EUA", comenta relatório do banco. Internamente, o Itaú observa que ainda existem muitas incertezas relacionadas à evolução da pandemia e à trajetória fiscal com a extensão do auxílio emergencial.

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