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Dólar tem maior queda anual desde 2016, com balança e juros no radar

Em linha com o mercado internacional, o dólar teve nesta quinta-feira, 28, última sessão de 2023, mais um dia de alta frente ao real, fechando aos R$ 4,8534, valorização de 0,43%. A semana termina assim acumulando desvalorização de 0,17%, o que leva a que

Eduardo Laguna (via Agência Estado)

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Escrito por Eduardo Laguna (via Agência Estado)
Publicado em 28.12.2023, 18:56:00 Editado em 28.12.2023, 19:02:04
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Em linha com o mercado internacional, o dólar teve nesta quinta-feira, 28, última sessão de 2023, mais um dia de alta frente ao real, fechando aos R$ 4,8534, valorização de 0,43%. A semana termina assim acumulando desvalorização de 0,17%, o que leva a queda da moeda americana no ano para 8,08%. Foi o melhor ano para o real desde 2016, quando o tombo do dólar foi de 17,88%.

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Nesta quinta-feira, o comportamento do câmbio teve a influência, até o início da tarde, da disputa técnica pela formação da última taxa Ptax de 2023: R$ 4,8413, o que corresponde a uma queda de 1,91% em dezembro e de 7,21% no ano.

Passada esta pressão, o cenário externo acabou prevalecendo. No mercado internacional, após dias perdendo valor por causa da expectativa de que os juros nos Estados Unidos aproximam-se do início de um ciclo de baixa, o dólar passou por um ajuste. O impulso veio da alta dos Treasuries, com os títulos de dois e dez anos renovando máximas.

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Dessa forma, o real devolveu parte dos ganhos dos últimos dias, chegando a bater nos R$ 4,8710 na máxima do pregão.

Sofreram mais as moedas de mercados exportadores de commodities. Os investidores reagiram a mais uma sessão de queda do petróleo, cuja desvalorização foi superior a 3% no contrato do WTI para fevereiro. Na China, queda também, de 1,33%, na cotação do minério de ferro, um dos três principais produtos exportados pelo Brasil.

Aliás, a robusta balança comercial brasileira foi um dos motivos a ancorar a cotação do real em 2023. Até a primeira quinzena de dezembro, o saldo positivo no ano era de US$ 94,179 bilhões, com apoio da supersafra agrícola.

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"O aumento maciço do excedente comercial transformará o Brasil, a médio prazo, numa anomalia latino-americana: um país com excedente em conta corrente. O Brasil um dia será a Suíça da América Latina", escreveu o economista-chefe do Instituto Internacional de Finanças (IIF), Robin Brooks, em publicação no X, antigo Twitter.

Outro fator apontado por economistas é a atratividade da renda fixa local, a despeito do processo de redução de juros pelo Banco Central. Hoje, o IBGE informou que o IPCA-15 acelerou a 0,40% em dezembro, ante consenso de 0,25%. O dado inibiu apostas, no mercado de juros, de maior intensidade da queda da Selic.

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