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Dólar tem ligeira queda de olho em noticiário sobre Petrobras

Após subir quase 1% na sexta-feira, 8, em meio a forte estresse no mercado financeiro doméstico, o dólar à vista experimentou um ligeiro recuo nesta abertura de semana. Pela manhã, a divisa até ensaiou uma nova rodada de alta e tocou, na máxima do dia, o

Antonio Perez (via Agência Estado)

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Escrito por Antonio Perez (via Agência Estado)
Publicado em 11.03.2024, 17:52:00 Editado em 11.03.2024, 17:58:51
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Após subir quase 1% na sexta-feira, 8, em meio a forte estresse no mercado financeiro doméstico, o dólar à vista experimentou um ligeiro recuo nesta abertura de semana. Pela manhã, a divisa até ensaiou uma nova rodada de alta e tocou, na máxima do dia, o nível psicológico de R$ 5,00. Mas passou a cair em seguida com relatos de entrada de fluxo comercial, desmonte parcial de posições defensivas e movimentos pontuais de realização de lucros.

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As atenções estiveram voltadas ao vaivém das informações relacionadas à Petrobras. A divisa se afastou dos R$ 5,00 com a informação, apurada peloBroadcast(sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), de que o grupo de conselheiros na Petrobras indicado pelo governo pode rever a decisão de reter 100% dos dividendos extraordinários da estatal. Na sexta-feira, houve relatos de que venda de papéis da companhia por investidores estrangeiros estaria por trás da arrancada do dólar.

Na reta final dos negócios, o dólar ameaçou zerar a queda após falas do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a Petrobras em entrevista ao SBT gravada pela manhã e divulgadas no site da emissora já no fim da tarde.

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"A Petrobras não é apenas para pensar nos acionistas, tem de pensar em investimento e em 200 milhões de brasileiros", disse o presidente. "Se for atender apenas à choradeira do mercado, não faz nada", acrescentou.

Com mínima a R$ 4,9730, o dólar à vista fechou a sessão cotado a R$ 4,9784, em baixa de 0,05%. No mês, sobe 0,11%.

No ano, acumula valorização de 2,58%. Houve boa liquidez para um início de semana. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para abril movimentou mais de US$ 12 bilhões.

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O gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, afirma que o nível atual da taxa de câmbio já reflete um ambiente de cautela por parte do investidor estrangeiro, que busca refúgio no dólar e reduz posições no mercado acionário local. "O que pesa é essa postura do governo de interferir na gestão das empresas. O caso dos dividendos da Petrobras assustou. Mas tivemos antes também os rumores de que o governo queria mexer na direção da Vale", afirma Galhardo, ressaltando que no ano o saldo do capital externo na B3 está negativo em cerca de R$ 20 bilhões.

No exterior, o índice DXY operou em leve alta, graças aos ganhos do dólar em relação ao euro, mas se manteve abaixo da linha dos 103,000 pontos. A moeda norte-americana subiu na comparação com a maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities, em dia de queda de mais de 5% do minério de ferro, mas teve leve queda ante dois pares relevantes do real, o peso mexicano e o rand sul-africano.

As taxas dos Treasuries avançaram, em especial o retorno do papel de 2 anos, mais ligado ao rumo da política monetária, na véspera da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA. Segundo mediana de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, o índice deve subir 0,4% em fevereiro, leve aceleração em relação a janeiro (0,3%).

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Para o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, a moeda norte-americana apresenta rigidez no exterior e uma eventual perda de força virá somente se o núcleo do CPI em fevereiro for menor do que o observado em janeiro. Por aqui, Velho ainda vê a taxa de câmbio próxima de R$ 5,00, com a "percepção de mais intervencionismo e de mais gastos" por parte do governo Lula, em ano de eleições municipais.

No Brasil, o IBGE divulga na terça-feira o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro. A mediana de Projeções Broadcast é de aceleração para 0,78%, após alta de 0,42% em janeiro. Em 12 meses, a mediana aponta desaceleração de 4,51% para 4,44% - abaixo do teto da meta de inflação, de 4,50%.

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