O dólar opera em alta moderada nos primeiros negócios da tarde desta quarta-feira de Cinzas, 14, após registrar máxima aos R$ 4,9730 (avanço de 0,24%) e mínima aos R$ 4,9640 (variação positiva de 0,05%), com ajustes à valorização externa da terça-feira do dólar e dos juros dos Treasuries, após o dado de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em janeiro mais forte que o esperado, conforme divulgação feita na terça.
A valorização interna nesta quarta-feira é contida, no entanto, pela queda externa dos juros dos Treasuries e do dólar e ante pares rivais e as moedas emergentes e ligadas a commodities, que já reagiram ontem durante o feriado local à perspectiva de adiamento do início do corte de juros nos EUA para junho, após a inflação norte-americana acima do esperado.
O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, diz que o mercado em Nova York tem recuperação parcial, mas o petróleo está volátil e algumas commodities agrícolas recuam tendo como pano de fundo as expectativas de adiamento do corte de juros nos EUA, que deve ter efeito negativo sobre o crescimento americano e mundial, além das preocupações com a recuperação da economia chinesa, que pesa principalmente contra as divisas de países emergentes exportadores de produtos básicos.
Aqui no Brasil, a sinalização de novas quedas da Selic pode ter que ser revista pelo Copom seja pela menor atratividade interna do real como por conta da percepção de que o governo Lula pode não cumprir a meta de déficit primário zero neste ano, prevê o economista.
O descompasso nos juros americano e brasileiro deve reduzir o diferencial de juros à frente e pode induzir saída de capitais, além de desestimular a migração de investidores estrangeiros para o Brasil e outros países emergentes, avalia.
Às 13h41, o dólar à vista subia 0,12%, aos R$ 4,9670.
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