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Dólar sobe por temores de recessão externa e com Lula no radar

O dólar volta a subir no mercado local em meio aversão a risco no exterior por temores de recessão, que enfraquece os juros dos Treasuries e as bolsas internacionais. Os investidores digerem ainda o avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

Silvana Rocha (via Agência Estado)

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Escrito por Silvana Rocha (via Agência Estado)
Publicado em 24.03.2023, 09:47:00 Editado em 24.03.2023, 09:49:45
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O dólar volta a subir no mercado local em meio aversão a risco no exterior por temores de recessão, que enfraquece os juros dos Treasuries e as bolsas internacionais. Os investidores digerem ainda o avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) em março acima do esperado, embora apontando desaceleração da inflação interna ante fevereiro. O IPCA-15 subiu 0,69% em março, acima da mediana positiva de 0,67%, e após ter avançado 0,76% em fevereiro.

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Além disso, os investidores operam sob cautela em meio ao acirramento das críticas do governo à manutenção do patamar de 13,75% ao ano da taxa Selic e ao presidente do Banco Central e do adiamento nesta manhã da reunião do presidente Lula com líderes do governo e ministros, das 10h30 para 15h, já que o presidente está com pneumonia leve. Por essa mesma razão foi adiado também o embarque de Lula e sua comitiva à China, da manhã deste sábado para domingo.

No exterior, a moeda americana avança ante pares rivais e divisas emergentes ligadas a commodities e os juros dos Treasuries recuam por temores de que altas de juros e as turbulências no setor financeiro possam causar recessão nos EUA e Europa. Os riscos à atividade econômica global levam investidores a apostarem na probabilidade de corte de juros pelo Federal Reserve em junho, que agora se tornou majoritária no monitoramento do CME Group.

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Dados de atividade PMIs na zona do euro e Alemanha mostraram quedas inesperadas no setor industrial, ampliando a cautela nesta sexta-feira, além de aumento da percepção de risco geopolítico entre China e EUA. Autoridades chinesas invadiram os escritórios do Mintz Group em Pequim nesta sexta-feira, detendo todos os cinco funcionários da empresa de investigação com sede em Nova York.

O Commerzbank avalia que a alta do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da zona euro, na leitura preliminar de março, deverá impedir que a economia da região se contraia "por enquanto". Entretanto, olhando para o futuro, o setor industrial não é um "bom presságio", o que pode levar a zona do euro a uma contração da economia no segundo semestre.

Já a Capital Economics acredita que o resultado "forte" do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro, na leitura preliminar de março, reafirma a previsão de que, contanto que a turbulência bancária não se estenda por muito tempo, o Banco Central Europeu (BCE) deverá seguir aumentando as taxas de juros. "Nosso cenário continua sendo que o BCE elevará os juros em mais 100 pontos-base cumulativos, levando a taxa de depósito para 4,0%."

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As commodities operam mistas. O minério de ferro subiu 0,29% em Dalian, a US$ 126,14; e ronda estabilidade (-0,06%) em Cingapura, a US$ 118,15. Já os contratos futuros de petróleo operam com quedas de mais de 3%.

Às 9h21, o dólar à vista subia 0,71%, a R$ 5,3283. O dólar para abril ganhava 0,58%, a R$ 5,2275.

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