MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Dólar sobe por exterior de olho em Trump, dados da China e IBC-BR antes de Powell

O dólar ante o real sobe nos primeiros negócios desta segunda-feira, 15, acompanhando a valorização dos retornos dos Treasuries longos e da moeda americana ante pares principais e divisas emergentes, após o atentado ao ex-presidente Donald Trump, que part

Silvana Rocha (via Agência Estado)

·
Escrito por Silvana Rocha (via Agência Estado)
Publicado em 15.07.2024, 09:44:00 Editado em 15.07.2024, 10:05:34
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O dólar ante o real sobe nos primeiros negócios desta segunda-feira, 15, acompanhando a valorização dos retornos dos Treasuries longos e da moeda americana ante pares principais e divisas emergentes, após o atentado ao ex-presidente Donald Trump, que participa hoje da Convenção Nacional Republicana.

continua após publicidade

Para analistas, o episódio amplia as chances de Trump voltar à Casa Branca, o que reduz a incerteza sobre o processo eleitoral mas eleva riscos fiscais no país.

O investidor também olha o IBC-Br de maio e o Boletim Focus em meio a expectativas por eventos com o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell (13h30) e com a dirigente do Fed de São Francisco Mary Daly (17h35). Nos EUA, o índice de atividade industrial Empire State caiu a -6,6 em julho, menos que a previsão dos analistas (-8).

continua após publicidade

O IBC-BR subiu 0,25% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, e avançou 1,30% em maio na comparação anual, sem ajuste, segundo o Banco Central. O indicador atingiu 149,6 pontos, o maior nível da série histórica. O resultado de maio ficou aquém da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava alta de 0,30% (intervalo de queda de 0,60% a alta de 0,90%). Neste ano, o IBC-BR sobe 2,01% até maio ante mesmo período de 2023, sem ajuste, e em 12 meses, +1,66% sem ajuste.

No Focus, a mediana do mercado para o IPCA de 2024 caiu de 4,02% para 4,00%, mas o IPCA de 2025 subiu de 3,88% para 3,90%. Para 2026, a mediana do IPCA segue em 3,60% e, para 2027, em 3,5%. As projeções para a taxa Selic não se alteraram e seguem para 2024 em 10,5%; para 2025, em 9,5%; enquanto para 2026 e 2027 continuam em 9% ao ano. Já a mediana do câmbio para 2024 passou de R$ 5,20 para R$ 5,22 e, para 2025, continua em R$ 5,20.

Com a agenda doméstica esvaziada na semana, os investidores devem concentrar as atenções no quadro fiscal. Na sexta-feira, 12, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender a proposta de elevar a alíquota da CSLL para bancar a desoneração da folha de pagamento - o que, segundo ele, seria "uma coisa temporária". Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que "não há receptividade política" para um aumento da CSLL como alternativa para compensar a renúncia fiscal da desoneração da folha de pagamentos de empresas e de municípios de menor porte, conforme proposta apresentada pelo Ministério da Fazenda.

continua após publicidade

Em busca de uma proposta orçamentária equilibrada com meta de resultado primário de déficit zero para 2025, a Fazenda está preparando medidas para aumentar a arrecadação em cerca de R$ 20 bilhões, apurou o Valor Econômico. Este montante se somará aos R$ 25,9 bilhões esperados do "pente-fino" em benefícios sociais e aos R$ 17 bilhões da resolução do impasse sobre a desoneração da folha de pagamento de setores intensivos em mão de obra, totalizando R$ 62,9 bilhões.

No exterior, dados da China também são monitorados, após o Banco do Povo (PBoC) manter a taxa da linha de empréstimo de médio prazo - conhecida como MLF - de um ano inalterada em 2,5% ao ano, mesmo nível pelo 11º mês consecutivo; e a taxa de sete dias, em 1,8% ao ano. A manutenção das taxas sinaliza que os juros de referência da China não devem sofrer alterações neste mês.

Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 4,7% no segundo trimestre deste ano, ante igual período de 2023, abaixo das estimativas dos analistas, de +5,1%, indicando uma desaceleração em relação ao resultado do primeiro trimestre, de +5,3%, na comparação anual. A produção industrial da China teve alta anual de 5,3% em junho, superando a expectativa (+5%), mas as vendas no varejo avançaram 2% na comparação anual de junho, ante consenso da FactSet de acréscimo de 3,2%.

continua após publicidade

Na Europa, as bolsas recuam e o euro oscila perto da estabilidade ante o dólar, após a queda da produção industrial na zona do euro menor que a esperada em maio ante abril e sob expectativas majoritárias de manutenção de juros pelo BCE em reunião monetária na quinta-feira.

Às 9h34 desta segunda, o dólar à vista subia 0,67%, a R$ 5,4673. O dólar futuro para agosto ganhava 0,62%, a R$ 5,4770.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Dólar sobe por exterior de olho em Trump, dados da China e IBC-BR antes de Powell"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!