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Dólar sobe mais de 2% por tensão fiscal com PEC e aversão a risco no exterior

O dólar sobe mais de 2% nesta quinta-feira e já chegou perto de R$ 5,53 no mercado à vista e, pouco antes do fechamento deste texto, estava cotado ao redor de R$ 5,49. Os investidores reagem à minuta da PEC da Transição apresentada ontem pelo governo elei

Silvana Rocha (via Agência Estado)

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Escrito por Silvana Rocha (via Agência Estado)
Publicado em 17.11.2022, 09:52:00 Editado em 17.11.2022, 09:58:55
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O dólar sobe mais de 2% nesta quinta-feira e já chegou perto de R$ 5,53 no mercado à vista e, pouco antes do fechamento deste texto, estava cotado ao redor de R$ 5,49. Os investidores reagem à minuta da PEC da Transição apresentada ontem pelo governo eleito ao Congresso e ao cenário externo negativo nesta manhã.

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Os investidores ampliam preocupações com as contas públicas a partir de 2023 à medida que a proposta apresentada ontem prevê valor extrateto de cerca de R$ 200 bilhões, acima do projetado anteriormente (cerca de R$ 175 bilhões) e sem prazo determinado, o que será negociado ainda com o Congresso bem como o valor final da PEC.

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, disse ontem que não foi apresentada uma "PEC, mas uma proposta, um anteprojeto". Ele afirmou que a discussão sobre o texto final e definição do prazo para despesas extrateto do Bolsa Família cabem ao Congresso, e que as discussões sobre uma nova âncora fiscal ocorrerão apenas no próximo ano. Na COP27 nesta manhã, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que "temos que ter meta de inflação sim, mas também meta de crescimento".

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"Se não resolvermos problemas sociais, não vale a pena recuperar esse País. Não adianta só pensar em responsabilidade fiscal, temos de pensar em responsabilidade social", afirmou Lula. "Para cumprir teto fiscal, geralmente é preciso desmontar políticas sociais e não se mexe com o mercado financeiro. Mas o dólar não aumenta ou a bolsa cai por causa das pessoas sérias, e sim dos especuladores", continuou.

No exterior, os investidores operam na defensiva em meio à espera de novas sinalizações do Federal Reserve (Fed). O plano fiscal do governo no Reino Unido, que assumiu há menos de um mês, está sendo analisado pelos investidores. Pesam também preocupações com a desaceleração da atividade global em meio à inflação recorde na zona do euro, perspectivas de novos apertos monetários por bancos centrais e a manutenção da política de covid zero na China, apesar de relaxamento de algumas restrições no país.

Na agenda, são esperados dados de pedidos semanais de auxílio-desemprego e de construções de moradias iniciadas em outubro nos Estados Unidos (10h30) e discursos de cinco dirigentes do Fed ao longo do dia: Raphael Bostic, Atlanta (9h30); James Bullard, St. Louis (10h); Michelle Bowman, diretora (11h15); Loretta Mester, Cleveland (11h40); e Neel Kashkari (12h40 e 15h45).

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No mercado local, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, deve falar hoje (12h30) em evento de premiação BandNews Marcas Mais Admiradas do Brasil, em São Paulo, e pode reforçar o alerta fiscal para 2023 após as notícias sobre a PEC.

Divulgado mais cedo, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) mostrou recuo de 0,59% em novembro, após a queda de 1,04% em outubro. A queda mensal foi mais intensa do que a mediana negativa de 0,50% das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de declínio de 0,82% a alta de 0,60%. Neste ano, o IGP-10 acumula um aumento de 5,70% e, em 12 meses, ficou em 5,55%.

Às 9h36, o dólar à vista subia 2,11%, a R$ 5,4953, ante máxima intradia a R$ 5,5298 (+2,75%). O dólar dezembro ganhava 1,73%, a R$ 5,5120, ante máxima a R$ 5,5480 (+2,39%).

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