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Dólar sobe em meio a BCE, dados dos EUA e cautela fiscal

O dólar opera em alta em meio à valorização dos rendimentos dos Treasuries, queda de commodities e persistente desconforto sobre as contas públicas no Brasil. Há expectativas por definições na área fiscal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne-se

Silvana Rocha (via Agência Estado)

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Escrito por Silvana Rocha (via Agência Estado)
Publicado em 18.07.2024, 10:04:00 Editado em 18.07.2024, 10:11:54
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O dólar opera em alta em meio à valorização dos rendimentos dos Treasuries, queda de commodities e persistente desconforto sobre as contas públicas no Brasil.

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Há expectativas por definições na área fiscal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne-se com os principais ministros da área econômica nesta manhã e com integrantes também da Junta de Execução Orçamentária, durante a tarde, com início previsto às 15h30. O governo discute estratégias de bloqueio no Orçamento, com contenção de gastos, a fim de equilibrar as contas públicas e atingir a meta fiscal deste ano.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quinta-feira cedo que a equipe econômica está "muito tranquila" com a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 no Congresso Nacional. De acordo com ela, o projeto foi "bem elaborado" e deve ser votado entre agosto e setembro, "sem nenhum problema".

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Os contratos futuros do petróleo viraram para baixo, revertendo ganhos da madrugada, em meio à valorização do dólar frente moedas principais e várias emergentes e ligadas a commodities. Já o minério de ferro caiu 0,92% em Dalian, na China.

O dólar avança levemente ante euro. Como o esperado por analistas, o BCE manteve a taxa de depósito em 3,75%; a taxa de refinanciamento em 4,25%; e a taxa de refinanciamento em 4,25%. As expectativas se voltam para a entrevista da presidente do BCE, Christine Lagarde.

Nos EUA, por volta das 9h30, a moeda americana e os juros dos Treasuries desaceleraram as altas, reagindo à alta no número de pedidos de auxílio-desemprego no país de 20 mil na semana encerrada em 13 de julho, para 243 mil, acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam 229 mil solicitações. O total de pedidos da semana anterior foi levemente revisado para cima, de 222 mil para 223 mil.

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A moeda americana se fortalece também em relação à libra e ao iene, sem sinais por enquanto hoje de intervenção do Banco do Japão (BoJ) para a apoiar o iene, após especulações de que a autoridade japonesa teria atuado ontem e duas vezes na semana passada. Investidores seguem ainda atentos a sinais sobre um eventual segundo mandato do ex-presidente Donald Trump, que se tornou favorito para vencer as eleições de novembro, após o atentado contra ele no último sábado.

Trump vem questionando o apoio dos EUA a Taiwan contra uma eventual invasão da China e também defendeu planos de impor tarifas a produtos chineses. Há ainda possibilidade de piora fiscal por planos de corte de impostos a empresas. Já o presidente dos EUA, Joe Biden, fica no radar após testar positivo para covid e de admitir ontem antes da confirmação da doença, que reavaliaria sua candidatura caso os médicos dissessem que ele tem algum problema de saúde.

No mercado de câmbio, há expectativas ainda de internalização de recursos no Brasil por investidores estrangeiros que participam do processo de privatização da Sabesp. Neste caso, a expectativa é de que a privatização pode movimentar mais de R$ 16 bilhões. Além disso, ocorre nesta quinta-feira a venda de papéis que a Eletrobras tem da transmissora de energia Isa Cteep, uma captação que pode chegar a R$ 3,5 bilhões com a venda de lotes extras.

Às 9h33, o dólar à vista subia 0,52%, a R$ 5,5130. O dólar para agosto ganhava 0,47%, a R$ 5,5240.

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