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Dólar sobe com piora de risco externo e expectativa por ata do Fed

De volta do feriado de carnaval, o dólar avança no mercado doméstico de câmbio nesta quarta-feira, 22, e opera acima da linha de R$ 5,20, enquanto investidores aguardam a divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve,

Paula Dias e Antonio Perez (via Agência Estado)

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Escrito por Paula Dias e Antonio Perez (via Agência Estado)
Publicado em 22.02.2023, 13:53:00 Editado em 22.02.2023, 13:58:22
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De volta do feriado de carnaval, o dólar avança no mercado doméstico de câmbio nesta quarta-feira, 22, e opera acima da linha de R$ 5,20, enquanto investidores aguardam a divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve, que sai hoje às 16h. O temor de que o Fed seja mais duro no processo de alta dos juros gerou estresse nos mercados ontem. Com abertura a R$ 5,1878 e máxima a R$ 5,2128 o dólar à vista operava, às 13h47, em alta de 0,92%, a R$ 5,2088.

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As incertezas quanto aos próximos passos do Fed levaram os índices de ações a apresentar fortes perdas ontem. No câmbio, no entanto, o que se viu da última sexta-feira até ontem foi uma alta de 0,28% do Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes. Entre as moedas emergentes a oscilação também não foi brusca. Ainda na comparação entre sexta-feira e ontem, o dólar subiu 0,58% ante o peso mexicano, um dos principais pares do real. Hoje, o índice DXY tem leve alta, na casa dos 104,300 pontos.

Em entrevista hoje à emissora CNBC, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, afirmou preferir que o BC americano seja "mais afiado" agora no ritmo do aperto monetário, como forma de garantir que a inflação do país seja controlada ainda este ano. O dirigente mencionou o risco de a inflação voltar a se acelerar, o que forçaria o Fed a apertar mais a política de juros, para não arrastar durante anos a batalha contra a inflação acima da meta. Bullard atualmente não tem direito a voto nas reuniões do Fed.

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No cenário doméstico, a quarta-feira de cinzas contempla a divulgação do Boletim Focus, às 14h, trazendo as perspectivas do mercado financeiro para os ativos e as variáveis da economia brasileira. Na semana passada, elevações nas previsões para inflação e juros chegaram a provocar instabilidade nos ativos.

No entanto, o dólar encerrou a semana com queda acumulada de 1,16% ante o real, em um ambiente de fluxo cambial positivo e ausência de ruídos políticos mais relevantes. A reunião do Conselho Monetário Internacional (CMN) não tratou de alteração de metas de inflação, como se especulava, o que acabou por trazer alívio aos negócios. Somente na sexta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,96% ante o real, cotado a R$ 5,1615.

Na avaliação do analista de câmbio Elson Gusmão, da Ourominas, o volume de negócios deverá ser reduzido hoje e, por isso, não deverá haver muitas mudanças no câmbio. Segundo ele, na abertura o mercado tende a limitar os movimentos a ajustes, promovendo correções para alinhamento com os preços no exterior.

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